Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) está desenvolvendo um método de identificação do câncer de próstata que pode eliminar o desconforto envolvido em outros exames. Neste, é possível encontrar sinais da doença através de amostras de urina.
O projeto é encabeçado pelo Laboratório de Investigação Médica da Disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina da USP, em conjunto com o Instituto de Ciências Biológicas da mesma universidade.
Pesquisadores relatam que já foi possível identificar pacientes com câncer de próstata a partir do exame.
Katia Leite, chefe do Laboratório de Investigação Médica da Disciplina de Urologia, explica em entrevista à Rádio Bandeirantes que a ideia é explorar métodos não invasivos para a detecção da doença.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, a doutora conta que a urina pode conter elementos que refletem processos bioquímicos envolvidos no desenvolvimento de tumores. No caso deste estudo, um conjunto de glicoproteínas (proteínas ligadas a carboidratos) encontrado nas amostras de urina permitiu diagnosticar com precisão de 100% o câncer de próstata.
Os testes foram feitos em 12 pacientes, seis com câncer de próstata e seis com hiperplasia benigna.
Hoje, a biópsia é a única maneira efetiva de diagnóstico do câncer de próstata, permitindo também definir seu potencial de agressividade. Não é, no entanto, o exame mais desejável: além de ser invasivo, pode trazer efeitos colaterais como infecção e sangramento. “O avanço dos testes não invasivos tem como objetivo a redução do número de biópsias, e pode ter um grande impacto econômico e no bem-estar do homem”, explica Kátia.
FONTE: https://www.metrojornal.com.br/estilo-vida