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quinta-feira, novembro 21, 2024

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Tosse, febre e suor noturno: saiba como identificar sinais da tuberculose

Caracterizada pela transmissão por vias aéreas, a doença tem como forma mais comum a manifestação pulmonar, que é transmissível de uma pessoa para outra

Apesar de ser uma enfermidade antiga, a tuberculose continua sendo um importante problema de saúde pública.

No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem, sendo que mais de um milhão morrem em consequência da doença. No Brasil, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.

A tuberculose pode aparecer em qualquer órgão ou sistema do corpo humano, como o cérebro, os rins, ossos e a pele. A doença, caracterizada pela transmissão por vias aéreas, tem como forma mais comum a manifestação pulmonar, que é transmissível de uma pessoa para outra.

A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.

A bactéria causadora da tuberculose, Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, pode permanecer no ambiente por um longo período, especialmente no contexto de casas com pouca ventilação.

Ambientes arejados e com a incidência de luz natural direta diminuem os riscos de transmissão. A etiqueta respiratória, que ficou conhecida como medida de prevenção à Covid-19, também pode ser incorporada no caso da tosse causada pela tuberculose. Cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir também é uma das medidas preventivas.

Sinais da doença

A identificação precoce dos sinais e sintomas da tuberculose permitem o rápido início do tratamento e a interrupção da cadeia de transmissão, como explica o diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Draurio Barreira.

“As pessoas, muitas vezes, não conhecem a tuberculose, imaginam que é uma doença do passado, que já não existe. É muito comum ouvirmos isso. Então as pessoas pensam em pneumonia, gripe ou até Covid, ou seja, qualquer manifestação respiratória, mas não pensam em tuberculose. Nunca é demais repetir que para uma tosse prolongada, com três semanas ou mais, deve se pensar em tuberculose”, afirma Barreira, em comunicado.

Neste sentido, quem convive próximo da pessoa doente e aspira a bactéria, também pode adoecer. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, uma pessoa com tuberculose pulmonar ativa, sem tratamento, e que esteja eliminando aerossóis com bacilos, pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.

Por isso, é fundamental ficar atento aos sintomas. As manifestações mais comuns, que merecem atenção, são:

  • Tosse, seca ou com catarro, por três semanas ou mais;
  • febre vespertina;
  • suor noturno;
  • emagrecimento.

O Ministério da Saúde esclarece que a tuberculose não se transmite por objetos compartilhados. Os bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e talheres dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da doença.

Além disso, com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente. Em geral, após 15 dias, o risco de transmissão da doença é bastante reduzido.

Diagnóstico

O diagnóstico da tuberculose é realizado com radiografia do tórax, além de exames laboratoriais e escarro do paciente (baciloscopia). O tratamento, que pode durar seis meses ou um ano, é feito à base de antibióticos.

O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível após o resultado positivo do teste. A doença tem cura quando o tratamento é feito de forma adequada e até o final – a duração é de seis meses, no mínimo.

Uma das dificuldades no combate à tuberculose é a falta de adesão ao tratamento – por ser longo e apresentar resultados rápidos, alguns pacientes o abandonam – o que acaba por provocar o desenvolvimento de uma forma da doença resistente aos medicamentos, conhecida como tuberculose multirresistente.

(Com informações da Agência Fiocruz de Notícias e do Ministério da Saúde)

 

 

– Texto publicado originalmente em CNN Brasil

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