Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o Brasil é o segundo maior consumidor mundial de café, logo atrás dos Estados Unidos. Sendo assim, uma das grandes preocupações da American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) são as complicações cardiometabólicas maternas causadas pelo consumo de cafeína durante a gestação.
Estudo sobre a cafeína
Em novembro de 2021 foi publicado um estudo de coorte na revista JAMA para avaliar a relação entre o consumo de cafeína e as possíveis complicações cardiometabólicas maternas. Participaram deste estudo 2.802 gestantes, todas consideradas de baixo risco e sem comorbidades prévias à gestação.
De acordo com Hinkle (2021), as gestantes que consumiram doses baixas de café (200 mg/dia, conforme orientação da ACOG) tiveram menor risco de desenvolver diabetes mellitus gestacional (DMG) e apresentaram níveis menores nos exames de rastreio de DMG. Em relação a hipertensão e pré-eclâmpsia a cafeína não mostrou nenhuma correlação.
Considerações
O autor comenta que estudos com número de gestantes maiores são necessários para podermos correlacionar esse fator de proteção da cafeína. Além disso, a dieta e o estilo de vida dessas pacientes podem ter interferido no resultado deste estudo. Também vale ressaltar que a grande preocupação com a ingestão de cafeína pela gestante é com o feto, pois ainda não temos estudos que mostram doses seguras para evitar restrição de crescimento intra-uterino, baixo peso ao nascer e arritmias fetais.
Fonte: Portal PEBMED