Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, realizada em parceria com o Ministério da Saúde, apontam que seis em cada dez brasileiros apresentam excesso de peso e a porcentagem de adultos com obesidade chegou a 26,8%, ou seja, mais de um quarto da população.
Uma realidade alarmante que representa um grande problema de saúde pública e necessita de medidas urgentes para reverter a situação.
Os números da obesidade no Brasil têm crescido de modo expressivo em todas as faixas etárias. Entre os adultos, mais de 100 milhões estão acima do peso, com prevalência maior no público feminino (62,6%).
Outro dado alarmante é que a cada três crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, um está acima do peso – sendo 11% com obesidade e 17,2% com sobrepeso.
As transformações, através das décadas, no mundo globalizado, mudaram os hábitos e o estilo de vida da população. Muitas crianças e adolescentes trocaram as brincadeiras ao ar livre por jogos eletrônicos e os alimentos industrializados ficaram cada vez mais acessíveis, tomando o lugar dos alimentos saudáveis.
Além disso, a genética, hormônios, fatores psicológicos, alguns medicamentos e complicações neurológicas – fatores que não estão sob nosso controle – podem levar ao ganho de peso. Até 70% das causas da obesidade podem estar relacionadas à genética, histórico familiar e etnia.
Muito além dos padrões de estética, a obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. Sua principal causa é a desproporção energética entre as calorias consumidas e as calorias gastas.
Esse processo provoca um desequilíbrio geral no organismo, que pode desencadear ou agravar muitas outras doenças como: diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares (hipertensão, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca congestiva e embolia pulmonar), apneia do sono, problemas no fígado, de circulação sanguínea e até alguns tipos de câncer.
Por ser uma doença multifatorial, que engloba fatores genéticos, metabólicos, sociais e psicológicos, a obesidade exige tratamento multidisciplinar, individualizado e a longo prazo.
A boa notícia é que todos os tipos de obesidade: leve, moderada e grave – têm tratamento, que deve ser contínuo, como no caso das demais doenças crônicas.
A procura por um profissional de saúde é essencial para iniciar o tratamento, que deverá ser personalizado, pois cada pessoa tem um histórico diferente. Em alguns casos, pode ser recomendado o uso de medicamentos e, em outros, até mesmo, uma cirurgia.
Para ajudar com informações sobre o assunto, foi criado o portal Saúde Não Se Pesa. O movimento foi lançado em 2016 pela Novo Nordisk, empresa global de saúde que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de pessoas com obesidade.
O site conta com conteúdos sobre tratamentos e diagnóstico, além de depoimentos de pessoas com obesidade e uma janela que abre um link para ajudar na busca por um médico especialista.
Todos devem buscar a melhoria da qualidade de vida, por meio do bem-estar físico, mental e social. O único padrão que importa é o padrão da saúde.
Fonte: CNN Brasil