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sexta-feira, novembro 22, 2024

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Estudo consegue reverter completamente Alzheimer apenas pela retirada de 1 enzima

Pesquisadores norte-americanos encontraram um jeito de reverter completamente o Alzheimer em testes através da remoção gradativa de uma enzima que age no desenvolvimento da doença.

A descoberta dá margem para a criação de remédios que interrompam a doença e melhorem a função cognitiva, representando uma grande esperança a pacientes. Entenda:

Cientistas inibem enzima do Alzheimer

O estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa da Clínica Cleveland Lerner e publicado no Jornal de Medicina Experimental partiu do fato de que um dos primeiros eventos da doença de Alzheimer é o acúmulo anormal da proteína beta-amiloide, o que forma grandes placas no cérebro que prejudicam a função das sinapses neurais e, com isso, afetam a capacidade cognitiva do paciente.

Como a beta-amiloide é produzida por meio da enzima beta-secretase, uma estratégia para deter a moléstia seria inibi-la.

O grande problema é que essa substância desempenha diversas funções no organismo, e medicamentos para reduzi-la poderiam causar uma série de efeitos indesejáveis. Isso foi constatado em pesquisas com camundongos que apresentaram sérios defeitos no desenvolvimento neurológico.

Redução gradual

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ALEXILUSMEDICAL/SHUTTERSTOCK

Assim, os estudiosos encontraram como solução desenvolver uma técnica para retirar a beta-secretase de ratos de forma gradual, conforme envelheciam. Com isso, eles permaneceram saudáveis ao longo do tempo e cresceram de maneira normal.

Então, os pesquisadores fizeram com que as cobaias desenvolvessem Alzheimer com 75 dias de vida e passassem pelo tratamento contra a enzima. Com o passar do tempo, foi notado que as placas de beta-amiloide foram significativamente reduzidas, até que sumiram por completo quando os camundongos completaram 10 meses de idade.

Os ratinhos ainda registraram melhora na capacidade de aprender e memorizar, mas exames eletrofisiológicos mostraram que apenas parte da função sináptica foi restaurada.

“Nossos dados mostram que os inibidores de beta-secretase têm o potencial de tratar pacientes com doença de Alzheimer sem toxicidade indesejada, porém são necessários estudos futuros para desenvolver estratégias que minimizem as deficiências sinápticas e alcancem benefícios máximos”, explicou um dos autores, Riqiang Yan, do Departamento de Neurociência do Instituto de Pesquisa Lerner.

Cientistas descobrem verdadeira origem do Alzheimer e podem revolucionar tratamento

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HAYDENBIRD / ISTOCK

Pesquisadores italianos acabam de anunciar uma descoberta que pode revolucionar o tratamento do Mal de Alzheimer, informa a agência de notícias ANSA.

Um estudo publicado no científico Nature Communications afirma que a origem da doença não é na área do cérebro relacionada à memória, como se pensava, mas sim na área relativa aos distúrbios de humor.

Origem do Alzheimer é descoberta

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BECRIS/SHUTTERSTOCK

A pesquisa desvendou que o que causa o mal de Alzheimer é a morte de neurônios na área tegmental ventral do cérebro, região onde são produzidos os hormônios dopamina, um neurotransmissor ligado à variação de humor.

Até então, acreditava-se que a doença se devia à degeneração das células do hipocampo, parte cerebral responsável pela memória.

Em um efeito dominó, a morte das células que produzem dopamina prejudica a chegada desta substância ao hipocampo, causando uma pane que gera perda de memória.

A pesquisa foi realizada pela Universidade Campus Biomédico, em Roma, em colaboração com a Fundação IRCCS Santa Lucia e o Conselho Nacional de Pesquisas em Roma.

Caminho é inverso

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THINKSTOCK

Com os novos dados, os cientistas entenderam que as mudanças de humor (como apatia, falta de interesse nas atividades diárias e, posteriormente, depressão) típicas nos pacientes com Alzheimer não são uma consequência da doença, e sim um sinal de alerta do início dela.

“A área tegmental ventral também libera dopamina na área que controla a gratificação. Assim, com a degeneração dos neurônios dopaminérgicos, aumenta também o risco da falta de iniciativa”, explica o coordenador do estudo Marcello D’Amelio, professor de Fisiologia e Neurofisiologia da universidade.

Tratamento promissor

A tese dos pesquisadores foi comprovada por um teste de laboratório feito com animais-modelo, no qual foram aplicados dois tipos de terapia visando restaurar os níveis de dopamina.Foi então observado que a tanto a memória quanto a motivação foram restauradas. “Perda de memória e depressão são dois lados da mesma moeda”, afirma D’Amelio.

Como retardar os efeitos do mal de Alzheimer

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JNE VALOKUVAUS/SHUTTERSTOCK

Atualmente, pacientes contam com tratamento medicamentoso para retardar os efeitos da doença, como o adesivo para Alzheimer.

No entanto, segundo explicou Mario Louzã, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP) ao Vix, isso não é suficiente: é preciso treinar o cérebro, estimulando as conexões entre os neurônios como fazemos com nossos músculos na academia.

“O cérebro é um órgão que se adapta continuamente aos estímulos exteriores, e vai aprendendo com cada nova experiência que temos ao longo da vida”, afirma. “Todas as atividades que de algum modo exigem algo do cérebro são úteis para manter a cognição”.

Alguns hábitos que retardam o Alzheimer são a prática de atividades físicas, leitura, jogos de raciocínio e realização de cálculos.

 

 

 

 

FONTE: VIX

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