Uma dúvida comum é “como descobrir se sou infértil?” e quando esse diagnóstico pode ser confirmado, sendo que o auxílio médico especializado é fundamental nesse percurso.
A seguir, entenda melhor como responder à questão “como descobrir se sou infértil?” e quais são as condutas que devem ser tomadas após a suspeita inicial do casal.
Quando uma pessoa é considerada infértil?
O diagnóstico de infertilidade conjugal ocorre quando se mantém relações sexuais frequentes, sem o uso de métodos contraceptivos e não ocorre a obtenção da gravidez após o período de 12 meses de tentativas. Em casos de mulheres com mais de 35 anos de idade ou com outros fatores de risco, reduz-se o período para 6 meses de tentativas sem sucesso.
No entanto, esse é apenas o primeiro indício e não responde a o questionamento sobre “como descobrir se sou infértil?”, uma vez que indica que o casal não consegue conceber naturalmente, mas não revela qual dos parceiros realmente apresenta infertilidade.
Existem fatores de risco para infertilidade?
A infertilidade pode ser influenciada por diferentes fatores, transitórios ou não. Entre as causas mais comuns em homens e mulheres, incluem-se:
- obesidade;
- tabagismo;
- estresse;
- sedentarismo;
- exposição prévia à radiação;
- exposição a agentes tóxicos, como herbicidas e agrotóxicos;
- alimentação inadequada acompanhada de déficit nutricional;
- pacientes submetidos a tratamentos oncológicos;
- mulheres a partir dos 35 anos;
- mulheres com diagnóstico de endometriose.
Portanto, a condição geral de saúde do casal pode influenciar a fertilidade e o mapeamento dos hábitos de vida contribui para responder à questão “como descobrir se sou infértil?”.
Dessa forma, em alguns casos a adoção de práticas mais saudáveis pelo casal já pode contribuir nas chances de concepção natural, mas o período de 6 ou 12 meses de tentativas ainda deve ser considerado para buscar auxílio médico especializado.
Como descobrir se sou infértil?
Para sanar a principal dúvida sobre “como descobrir se sou infértil?” efetivamente, será necessário recorrer ao médico especialista em Reprodução Humana, que solicitará uma série de exames para o casal, visando descobrir as causas e motivos para a dificuldade de concepção.
Os principais exames solicitados nessa etapa são:
- dosagens hormonais os principais exames que avaliam a reserva ovariana são o hormônio anti-mulleriano (HAM) e o hormônio folículo estimulante (FSH). O primeiro pode ser coletado em qualquer fase do ciclo menstrual, sendo que o segundo deve ser coletado entre o segundo ao quarto dia do ciclo menstrual (fase folicular precoce);
- exames de imagem o principal exame de imagem que avalia a cavidade uterina é o ultrassom transvaginal. Caso seja detectada alguma alteração, outros exames complementares podem ser realizados, tais como a ressonância nuclear magnética da pelve ou a histeroscopia diagnóstica. O ultrassom transvaginal é o primeiro exame que deve ser solicitado em casos de suspeita de endometriose, miomas uterinos ou pólipos endometriais;
- histerossalpingografia permite investigar a presença de obstruções ou dilatações nas trompas. Essas alterações podem afetar diretamente o processo de fecundação, pois prejudica o encontro do óvulo com o espermatozoide;
- espermograma é o principal exame para investigação da fertilidade masculina, permitindo identificar alterações na quantidade ou na qualidade dos espermatozoides. Tais alterações podem dificultar a obtenção de uma gestação espontânea.
Na maioria das vezes, por meio da análise desses exames, o médico especialista em Reprodução Humana consegue responder à questão “como descobrir se sou infértil?”, tanto no caso dos homens quanto das mulheres.
Um aspecto importante é que a infertilidade pode ocorrer tanto em casais que estão tentando uma gestação pela primeira vez, sendo chamada de infertilidade primária, como casais que já tiveram filhos anteriormente, sendo conhecida como infertilidade secundária.
Quais são os principais tratamentos da infertilidade?
Atualmente, existem diversos tratamentos para infertilidade que permitem que os casais consigam conceber a partir de técnicas diferentes de acordo com a sua etiologia.
Em quadros mais leves, por exemplo, pode ser recomendado o coito programado ou a inseminação artificial (IIU), que são técnicas menos invasivas.
Nos casos mais complexos, com tentativas prévias sem sucesso de tratamentos de baixa complexidade, o médico especialista pode indicar a fertilização in vitro (FIV). Tal técnica pode ser feita sob diferentes abordagens, de acordo com as particularidades de cada caso, tais como: assisted-hatching, mini-FIV, injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) e outras.
A recomendação é que o médico especialista em Reprodução Humana seja procurado para investigações mais detalhadas sempre que o casal tentar a gestação sem sucesso por 12 meses (ou em 6 meses quando há fatores de risco associados).
A avaliação especializada é fundamental para ajudar a responder “como descobrir se sou infértil?” com segurança e responsabilidade, além de contribuir na indicação do tratamento mais apropriado para cada caso.
Fontes:
Ministério da Saúde;
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana;
Clínica de Reprodução Humana BedMed.