O alto nível de antioxidantes, e o fato de ser uma gordura “saudável”, fazem do azeite de oliva extra virgem um alimento completo no quesito, prevenção de inúmeros males. Vários estudos sugerem que o azeite extra-virgem também traz benefícios cognitivos e neuroprotetores. O consumo contínuo de azeite virgem promove a estabilidade do HDL e melhora as lipoproteínas plasmáticas. O azeite também é rico em polifenóis, responsáveis pelo seu sabor característico, e que possuem ação antioxidante, ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares, protegem contra alguns tipos de câncer, e tem papel importante na produção de compostos que mediam a inflamação no organismo. Além disso, o teor de antioxidantes determina a estabilidade do azeite, ou seja, sua conservação e sua resistência.
O azeite de oliva é obtido a partir da prensagem de azeitonas maduras, que é tratado exclusivamente por processos físicos: lavagem, moagem, prensa fria e centrifugação. Não são adicionados produtos químicos para agilizar a extração, por isso, o resultado é um produto de boa qualidade, não fermentado e de baixa acidez. Por sofrer prensagem a frio, são necessários 6 kg de matéria-prima para se obter 1 litro de azeite. Um estudo informou que descobriram que o óleo de oliva extra virgem reduziu primeiros sinais neurológicos da doença de Alzheimer em camundongos.
A intervenção extra com azeite de oliva melhorou a autofagia – ou seja, a capacidade das células cerebrais de eliminar resíduos tóxicos – e ajudou a manter a integridade das sinapses dos roedores, que são as conexões entre os neurônios.
O Dr. Domenico Praticò – professor dos Departamentos de Farmacologia e Microbiologia e do Centro de Medicina Translacional da Escola de Medicina Lewis Katz da Temple University, na Filadélfia, PA – liderou essa pesquisa, que foram publicados suas descobertas em Aging Cell.
Recentemente, ele liderou uma nova equipe em um estudo dos benefícios neurológicos do azeite extra-virgem. Como parte deste estudo, os pesquisadores analisaram o efeito do óleo nas “tauopatias”. Estas são condições cognitivas relacionadas à idade em que a proteína (tau) se acumula a níveis tóxicos no cérebro, desencadeando várias formas de demência.
Estudo da proteína tau em camundongos
Os pesquisadores usaram um modelo de rato de tauopatia. Eles modificaram geneticamente os roedores, de modo a tenderem a acumular quantidades excessivas da proteína (tau) normal. Na doença de Alzheimer e em outras formas de demência, como a demência frontotemporal, a proteína tau se acumula no interior dos neurônios na forma de “emaranhados” tóxicos.
Por outro lado, em um cérebro saudável, níveis normais de tau ajudam a estabilizar os microtúbulos, que são estruturas de suporte para os neurônios. Nas tauopatias, o acúmulo de emaranhados no interior dos neurônios impede que as células nervosas recebam nutrientes e se comuniquem com outros neurônios. Isso acaba levando à morte deles. Neste estudo, os ratos propensos ao acúmulo de tau consumiram uma dieta rica em azeite extra-virgem a partir dos 6 meses de idade. Segundo algumas estimativas, isso equivale a cerca de 30 anos de idade humana. Os ratos de controle também eram propensos a acumulações de tau, mas consumiam uma dieta regular.
Azeite protege contra várias demências
“Azeite virgem extra faz parte da dieta humana há muito tempo e traz muitos benefícios para a saúde, por razões que ainda não entendemos completamente”, explica o Dr. Praticò.
“A percepção de que o azeite extra-virgem pode proteger o cérebro contra diferentes formas de demência nos dá a oportunidade de aprender mais sobre os mecanismos pelos quais atua para apoiar a saúde do cérebro”, diz ele, destacando algumas direções para futuras pesquisas.
“Estamos particularmente interessados em saber se o azeite extra-virgem pode reverter os danos da (tau) e, finalmente, tratar a tauopatia em camundongos mais velhos”, conclui o Dr. Praticò.
Outros benefícios do azeite de oliva extra virgem
- Contribui para o controle do colesterol e favorece a saúde cardiovascular
- Auxilia na absorção de vitaminas lipossolúveis da dieta (vitaminas A, D, E, K)
- Fonte de antioxidantes, pode prevenir doenças degenerativas e câncer
- Ação anti-inflamatória
- Fonte de gordura mono e polinsaturadas, benéficas para a saúde
- Fonte de vitamina E.
Azeite de oliva emagrece
O azeite de oliva emagrece e pode ser consumido em dietas para perda de peso. Esse efeito ocorre devido ao seu poder de aumentar a sensação de saciedade, já que demora mais tempo para ser digerido. Além disso, a ação anti-inflamatória do azeite pode auxiliar no tratamento da obesidade, uma doença pró-inflamatória. Para esses efeitos, o azeite deve estar associado com a prática de exercícios físicos e dieta equilibrada, pois apesar de ser uma gordura boa, se consumido em excesso o azeite engorda.
Qual o melhor azeite de oliva?
Os azeites de oliva extravirgem são considerados os melhores para consumo devido à baixa acidez. No momento da compra, deve-se preferir aqueles com embalagem de vidro e escuros, pois a incidência de luz pode oxidar o óleo. Em casa, também devem ser armazenados em local escuro, longe do calor.
Azeite de oliva para o cabelo
O azeite de oliva no cabelo também oferece muitos benefícios, pois atua como hidratante, aumentando a umectação natural dos fios. Por ser fonte de vitamina E, retarda o envelhecimento e ressecamento do cabelo.
Como consumir azeite?
O azeite de oliva pode ser utilizado apenas na finalização dos pratos ou refogados simples, que não ficam muito tempo exposto ao calor, já que altas temperaturas alteram as características e benefícios do azeite. Apenas uma ou duas colheres de sopa ao dia já oferecem todos os seus benefícios.