Segundo a Organização Mundial da Saúde, no mundo, 1 a cada 5 adultos não pratica atividades físicas suficientemente, e entre os adolescentes o sedentarismo só aumenta, 4 a cada 5 não se exercitam adequadamente.
Mas o Brasil vê um crescente número de brasileiros que adotaram atividade física como uma prática recorrente.
Recentemente a Tecnofit conduziu levantamento inédito que indicou um aumento de alunos superior a 18% em academias de ginástica, box de crossfit e estudio de pilates.
A pesquisa teve como base estabelecimentos presentes em todas as regiões do país e foram analisados os períodos de janeiro a junho, dos anos 2019, 2020, 2021 e 2022.
Atividade física é fundamental para pessoas com diabetes
De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), no mundo já se somam 537 milhões de pessoas com diabetes e 17 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com o Vigitel.
A jornada de um paciente com diabetes não é fácil. Um dos aliados mais importantes do controle da doença é ter uma rotina saudável e ativa que inclua a prática regular de atividades físicas e uma boa alimentação.
A endocrinologista Priscila Mattar, diretora médica da Novo Nordisk, destaca a importância da atividade física e de uma vida ativa para os pacientes de doenças crônicas como o diabetes.
“No caso de pessoas que convivem com o diabetes, se movimentar é um dos melhores aliados no controle da glicemia, sendo o melhor aliado no auxílio de uma vida mais prologada”, diz ela, que também fala sobre os avanços no tratamento da doença, além de explicar sobre o diabetes.
Ao contrário do que alguns podem pensar o diabetes não limita o seu dia a dia, como é possível manter-se ativo, mesmo com uma doença crônica.
Nos casos dos atletas Alexandre Paiva e Christian Mosimann, o diabetes mudou de certa forma a maneira dos atletas viverem, porém, jamais limitou os objetivos que tinham, pelo contrário, só motivou ainda mais que provassem a todos que, embora seja uma doença autoimune que requer cuidados para sempre, os limites são impostos por nós mesmos, e não pela doença.
Alê Paiva, tem diabetes tipo 1 e partir do diagnóstico, transformou sua vida através do esporte, mudando a sua rotina e se dedicando a um novo estilo de vida, em que concilia seu trabalho e as atividades físicas. Ele não só tem uma atividade física regular, como é um atleta de alto rendimento.
Hoje, o atleta com 32 anos, traz consigo uma série de conquistas: É vice-campeão do Ironman Brasil, 2022, vice-campeão do Ultraman Brasil em 2021, conquistando o título de primeiro atleta com diabetes e segundo no mundo em Ultra Triatlo, e quinto colocado no Ironman Brasil 2019 em sua categoria.
O esporte também é parte importante da vida de Christian Mosimann. Piloto de Kart, o menino de 12 anos, convive com o diabetes tipo 1 assim como Alê Paiva e já é bicampeão catarinense, campeão sul-brasileiro e brasileiro. Diagnosticado em 2006, apesar de ser tão jovem, nunca deixou que a doença o controlasse.
Christian, tem uma vida como a de qualquer outro menino de sua idade e o esporte trouxe para ele uma coisa muito maior do que só a atividade física, mas a questão de ser capaz de fazer tudo o que quiser, não permitindo que o diabetes seja um fator limitante.
Texto originalmente publicado em Vida & Ação