São Paulo, o epicentro da pandemia, ultrapassou os 20 mil casos confirmados, o que corresponde a 34% de todos os infectados no país.
Dois meses após o Brasil registrar o primeiro caso do novo coronavírus, o país tem 58.509 infecções confirmadas, segundo dados do Ministério da Saúde deste sábado, 25. Em um dia, o número aumentou em 5.514.
A disparada no número de infectados tem relação com uma maior testagem da população, que em uma semana saltou de 250 a cada um milhão de habitantes para 1,3 mil por milhão, bem como por conta do avanço na velocidade de contaminação.
As novas mortes confirmadas pela covid-19 subiram 346 em 24 horas. Agora o país tem 4.016 óbitos.
São Paulo, o epicentro da pandemia, superou os 20 mil casos confirmados, o que representa 34% do total de pessoas infectadas pela doença no país. O número de mortes no estado chega a 1.667.
Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 6.828 casos confirmados e 615 mortes; Ceará, com 5.421 casos e 310 óbitos; e Pernambuco, com 4.507 casos e 381 mortes.
Envio de respiradores
Segundo informou no Twitter o ministro da Saúde, Nelson Teich, o governo entregou nesta semana 79 milhões de equipamentos de proteção individual aos profissionais de saúde, 3 milhões de testes rápidos e 272 respiradores.
Destes testes rápidos o ministro diz que quase 1 milhão irão “nos próximos dias” para os Estados, “o que será fundamental para respostas mais assertivas da covid-19”, e que a logística conta com parceria dos ministérios da Infraestrutura, Defesa e a Polícia Rodoviária Federal.
Segundo ele, foram recebidos 272 unidades de respiradores “e grande parte já seguiu para os Estados. Ao todo serão 14.100 respiradores.” Uma das publicações informa que foram contemplados o Amapá (25), Ceará (45), Espírito Santo (10), Pará (20), Piauí (20), Rio de Janeiro (40) e Santa Catarina (17).
Segundo Teich, o Amazonas já recebeu 35 e terá mais 20; Paraná contará com mais cinco, totalizando 20 entregues.
Sem dados de leitos e testes
Enquanto a covid-19 avança no país, o presidente Jair Bolsonaro pede o fim das quarentenas e Teich afirma que a pasta já estuda medidas para o relaxamento do distanciamento social.
Mas o governo federal não tem em mãos dados básicos para começar a desenhar a nova estratégia de resposta à doença, como taxa de ocupação de leitos e de testes de diagnóstico em cada Estado e no Distrito Federal.
No começo do mês, o ministério determinou que gestores de estabelecimentos públicos e privados de saúde informassem o número de leitos e ocupação, sob pena de cometer infração sanitária grave ou gravíssima, que pode até levar à interdição do espaço.
Há Estados, no entanto, que ainda não enviaram informações. A ideia era já ter divulgado os dados, mas o ministério não tem data para mostrar o Censo Hospitalar, como é chamada a iniciativa.
FONTE: EXAME