Jejum prolongado, insônia, uso de cigarro, consumo de alimentos embutidos e alterações hormonais estão entre os possíveis gatilhos da doença
Dor de cabeça, sensibilidade à luz, cheiros ou barulhos, náuseas e vômitos, incômodo visual, formigamento e tonturas. O dia a dia de quem sofre de enxaqueca inclui estes e outros sintomas, que podem ser debilitantes.
A doença neurológica, genética e crônica é apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a segunda maior causa de incapacidade em todo o mundo.
A enxaqueca é definida por uma dor de cabeça latejante, em um ou nos dois lados da cabeça. Na cefaleia em salvas, a dor forte é pulsátil em apenas um lado da cabeça, podendo afetar a parte frontal do crânio, face e fundo dos olhos, aumentando ainda mais a sensação de mal-estar.
“Na enxaqueca, o paciente tem crises de dor de cabeça, de intensidade acentuada, geralmente latejante e de um lado só da cabeça. Essas crises podem ser acompanhadas de mal estar e intolerância à luz e sons e também náuseas e vômitos”, afirma Kalil.
A enxaqueca pode ser classificada de maneiras distintas. Basicamente, é possível separar a enxaqueca com aura e sem aura. “Nos casos com aura, o paciente pode ter alterações visuais, sensibilidade, dificuldade na fala, antes do início da dor”, explica o médico.
A forma com aura acomete aproximadamente 20% das pessoas. Elas têm dificuldade para enxergar, como o apagamento de um campo de visão, a presença de pontos brilhantes ou dificuldade para focar uma imagem.
Outros sintomas são formigamentos nos braços que sobem até a face ou dificuldade da fala. O tratamento desse tipo de enxaqueca requer uma equipe multidisciplinar, que pode incluir profissionais da psiquiatria.
“As crises podem ser desencadeadas por alguns gatilhos. Jejum prolongado, insônia, cigarro, alimentos embutidos e alterações hormonais. Nos últimos anos, novos medicamentos vêm sendo utilizados, prometendo resultados muito eficazes e com poucos efeitos colaterais”, diz Kalil.
O tratamento da enxaqueca deve ser realizado a partir de acompanhamento médico, sendo recomendado evitar a automedicação. Os remédios dividem-se entre medicações para o alívio da dor e náusea, além de compostos preventivos para evitar a ocorrência de crises, além de reduzir a intensidade e frequência dos sintomas.
Texto originalmente publicado em CNN Brasil