O risco de ocorrência de infarto em diabéticos é até quatro vezes maior
A insulina, por outro lado, também é responsável por dilatar as artérias. E a sua ausência no organismo causa uma deficiência nesse relaxamento, o que aumenta a pressão nos vasos. E como o diabetes tipo 2 está ligado à obesidade, cuja consequência é o acúmulo de excesso de gorduras no corpo, as chances para o surgimento das doenças cardiovasculares são altíssimas. Segundo um estudo da Universidade de Chester, na Inglaterra, cerca de 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem em decorrência desse tipo de complicação.
Embora não tenha cura, o diabetes pode ser tratado e controlado. Após análise do quadro, em geral, o portador do mal é aconselhado pelo médico a adotar hábitos de vida mais saudáveis e também pode ter de recorrer a medicamentos que auxiliam no controle do açúcar no sangue.
Hoje, com drogas cada vez mais modernas, existem diferentes opções terapêuticas. Uma delas é a empagliflozina, primeiro antidiabético oral com benefícios diretos para o coração. Em testes realizados com mais de 7 000 diabéticos de tipo 2 que tinham alta probabilidade de enfartar, o medicamento demonstrou redução de até 38% no risco de morte cardiovascular, além de uma queda de 35%2 no índice de hospitalização por falhas cardíacas. Tratamentos como esse, somados a hábitos saudáveis, como exercícios e alimentação equilibrada, são importantes para o controle do diabetes e podem garantir uma boa qualidade de vida ao paciente.
Referências:
- Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Disponível em https://www.endocrino.org.br/minsterio-da-saude-divulga-dados-do-vigitel-2016/. Acesso em 18/05/2017.
- Zinman B, Wanner C, Lachin JM et al. Empagliflozin, cardiovascular outcomes and mortality in type 2 diabetes. N Engl J Med. 2015; 373(22):2117.