Há inúmeras causas para dispneia, porém aquelas de instalação rápida ou súbita concentram um número menor de diagnósticos diferenciais.
…
A dispneia é tanto um sintoma como um sinal, principalmente nos estágios mais avançados. Apesar de subjetivo, há uma escala para avaliação visual do grau de dificuldade respiratória, a chamada RDOS – Respiratory Distress Observation Scale.
Há inúmeras causas para dispneia, porém aquelas de instalação rápida ou súbita concentram um número menor de diagnósticos diferenciais e, ao mesmo tempo, necessitam de abordagem imediata pelo risco de morte:
- Embolia pulmonar (TEP)
- Infarto agudo do miocárdio (IAM)
- Edema agudo de pulmão (EAP)
- Tamponamento
- Pneumotórax (PTX)
- Anafilaxia
- Broncoespasmo
- Acidose metabólica
O primeiro passo é sempre a história e o exame físico. Em casos como EAP, PTX, anafilaxia e broncoespasmos, o diagnóstico costuma ser direto e você pode instituir de imediato o tratamento empírico de suporte.
Por outro lado, em casos de TEP, IAM e tamponamento, o exame físico inicial pode parecer normal, e outros elementos são necessários. Apesar da TC ser um excelente método para diagnóstico diferencial, os métodos point of care são mais rápidos e, dependendo do grau de insuficiência respiratória, os únicos que podem ser utilizados:
- Laboratório: gasometria, BNP e D-dímero.
- Raio X de tórax
- Ultrassom beira leito (POCUS)
O POCUS é uma das ferramentas que mais cresceu para diagnóstico diferencial nos casos de dispneia na emergência e é recomendado que todo médico que trabalhe de plantão tenha um treinamento em sua utilização….
Texto publicado originalmente no site de notícias e artigos PEBMED