É comum encontrar por aí pais que entendem a queixa de dor de cabeça dos filhos como uma desculpa para se livrar das aulas. Mas a verdade é que a reclamação, na maioria das vezes, tem fundamento. Uma análise da Sociedade Brasileira de Cefaleia, a SBCe, concluiu que mais de 5 milhões de crianças e adolescentes sofrem com dores de cabeça.
Com uma incidência tão alta assim, não é de espantar que várias instituições tenham passado a investir em pesquisas sobre o tema.
O pai e a mãe geralmente demonstram uma preocupação maior quando o pequeno apresenta crises tão fortes que precisa ser levado ao hospital. Mas não devemos esquecer que qualquer lamento, por mínimo que seja, já é um sinal de encrenca.
Manter um diário de episódios ajuda a identificar o tipo de cefaleia e, assim, auxilia o profissional a decidir a abordagem mais apropriada. Para um alívio imediato durante os picos de dor na infância, é recomendado que a criança se deite em um ambiente silencioso, escuro e bem ventilado. Caso a cefaleia persista, indicam-se remédios como o ibuprofeno e o paracetamol, sempre com orientação médica, mas, ainda assim, não mais do que duas doses por semana.
Além disso, a alimentação tem o potencial para agravar ou aliviar uma crise. A cafeína, substância encontrada no chocolate, estimula a contração dos vasos sanguíneos que nutrem a membrana do cérebro e, daí, o risco de sentir aquela pressão na cabeça vai às alturas.