De acordo com um estudo publicado no periódico JAMA Psychiatry, o transtorno alimentar restritivo evitativo (TARE) é altamente hereditário.
Lisa Dinkler, Ph.D., do Instituto Karolinska em Estocolmo, e colegas estimaram até que ponto os fatores genéticos e ambientais contribuem para o amplo fenótipo do TARE.
A análise incluiu 16.951 pares de gêmeos nascidos entre 1992 e 2010, que estavam participando do estudo sobre crianças e adolescentes gêmeos (Child and Adolescent Twin Study), na Suécia, aos 9 ou 12 anos de idade.
Foram identificados dois por cento de crianças com o fenótipo TARE. A hereditariedade do TARE foi de 0,79, mas fatores ambientais não compartilhados também contribuíram significativamente (0,21).
Ao excluir crianças com autismo ou doenças médicas que poderiam explicar o distúrbio alimentar, a hereditariedade permaneceu semelhante (0,77 e 0,79, respectivamente).
“Este estudo mostra que, considerando os números de prevalência e a distribuição sexual semelhantes, os dados epidemiológicos existentes baseados em registros podem ser utilizados para desconfiar do TARE, e que o fenótipo amplo resultante do TARE é altamente hereditário, com contribuições significativas de fatores ambientais não compartilhados, e distinguível de outros distúrbios alimentares caracterizados pelo medo de ganho ponderal e pela idade média mais avançada no surgimento”, escreveram os autores.
“A alta hereditariedade do fenótipo do TARE fornece forte apoio para futuros estudos genéticos moleculares do TARE em gêmeos.”
Vários autores declararam ter laços financeiros com a indústria farmacêutica.
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