Dois dias após cientistas afirmaram que o segundo paciente está livre do HIV, outra equipe de pesquisadores relatam que eliminou a infecção em um terceiro paciente.
De acordo com uma reportagem do New Scientist, uma equipe de pesquisadores da Holanda anunciou a existência do “paciente de Düsseldorf” na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas em Seattle, na última terça-feira (5).
O paciente de Düsseldorf foi submetido ao mesmo tipo de transplante de medula óssea (de um doador com uma mutação do gene CCR5, que é um co-receptor para a infecção pelo HIV-1) que os outros dois pacientes livres da infecção. Agora, três meses depois que ele parou de tomar medicamentos antivirais, biópsias do intestino e dos gânglios linfáticos do paciente de Düsseldorf não mostraram nenhum HIV infeccioso, disse ao New Scientist a pesquisadora Annemarie Wensing, da University Medical Center Utrecht.
No entanto, dois outros pacientes com HIV que ainda tomam medicamentos antivirais passaram pelo mesmo procedimento de transplante de medula óssea que os pacientes livres do HIV, de acordo com Javier Martinez-Picado, do Instituto IrsiCaixa de Pesquisa em Aids de Barcelona.
Se esses dois pacientes responderem da mesma maneira que os outros três pacientes — com, aparentemente, o HIV completamente erradicado —, uma vez que pararem de tomar os medicamentos antivirais, o número crescente de histórias de sucesso pode tornar mais fácil dizer com confiança que os cientistas realmente encontraram uma cura para o HIV.