De acordo com um estudo publicado on‑line no periódico Journal of the National Cancer Institute, o fenótipo da obesidade metabólica é importante na avaliação do risco de câncer relacionado à obesidade.
Ming Sun, da Universidade de Lund, na Suécia, e colegas investigaram o índice de massa corporal (peso normal, sobrepeso, obesidade) em conjunto e em interação com o estado de saúde metabólica e a associação com o risco de câncer relacionado à obesidade (câncer de cólon, reto, pâncreas, endométrio, fígado, vesícula biliar e de células renais). A análise incluiu 23.630 casos de câncer entre 797.193 indivíduos europeus.
Os pesquisadores observaram que a obesidade metabolicamente não saudável estava associada a um risco relativo aumentado de qualquer câncer relacionado à obesidade, em comparação com o peso normal metabolicamente saudável.
As estimativas de risco mais altas foram observadas para câncer de endométrio, hepático e de células renais (amplitude da proporção de risco: 2,55 a 3,00). Em homens, a obesidade metabolicamente saudável mostrou um risco relativo aumentado para qualquer câncer relacionado à obesidade e câncer de cólon.
Os riscos relativos para câncer de endométrio, de células renais, hepático e da vesícula biliar foram mais fracos. Foram observadas interações aditivas e positivas entre o índice de massa corporal e o estado da saúde metabólica no câncer retal e relacionado à obesidade entre homens e no câncer do endométrio.
“De maneira geral, as anormalidades metabólicas aumentaram ainda mais o risco de câncer induzido pela obesidade, sugerindo que a obesidade e as anormalidades metabólicas são alvos úteis na prevenção”, escreveram os autores.