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Rastreio do câncer de cólon: a importância do diagnóstico precoce

De acordo com a American Cancer Society (ACS), o rastreio do câncer de cólon deve começar em pessoas com risco médio aos 45 anos de idade.

No Brasil, estimam-se, para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres, com base em dados populacionais do Ministério da Saúde.

Dentre os principais fatores de risco, estão a má alimentação, a presença de pólipos intestinais, constipação intestinal, doenças inflamatórias intestinais e um histórico familiar positivo.

Esse tipo de câncer abrange lesões no intestino grosso, que compreende o cólon, reto e ânus, podendo atingir homens e mulheres por volta dos 50 anos de idade.

Seu desenvolvimento é lento e por muitas vezes silencioso, porém quando diagnosticado precocemente possui altas chances de cura2. Por isso, uma estratégia de rastreio precoce faz toda a diferença no manejo clínico.

O rastreio do câncer de cólon

De acordo com a American Cancer Society (ACS), o rastreio deve começar em pessoas com risco médio aos 45 anos de idade, devendo repetir regularmente o rastreio até os 75 anos ou até que a expectativa de vida seja superior a 10 anos, baseado no histórico individual.

Idealmente, pessoas acima de 85 anos não precisam mais realizar o rastreio. São consideradas pessoas com risco médio as pessoas que não possuem nenhuma das condições abaixo:

  • Histórico pessoal de câncer colorretal ou certos tipos de pólipos
  • Síndrome de câncer colorretal hereditário confirmada ou suspeita, como polipose adenomatosa familiar ou síndrome de Lynch
  • Histórico familiar de câncer colorretal
  • Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal (colite ulcerativa ou doença de Crohn)
  • Histórico pessoal de radioterapia prévia do abdome ou região pélvica

Nessa população, uma estratégia mais cautelosa e com investigação mais frequente é recomendada e acompanhada pelo clínico assistente. Os exames de rastreio recomendados e a frequência de realização seguem abaixo:

Exames nas fezes:
Exame imunoquímico fecal (FIT) Anualmente.
Exame de sangue oculto nas fezes pelo teste do guaiacol Anualmente.
Exame de DNA nas fezes A cada 3 anos.
Exames que diagnosticam pólipos e câncer de cólon:
Colonoscopia A cada 10 anos.
Colonografia CT (colonoscopia virtual) A cada 5 anos.
Sigmoidoscopia flexível A cada 5 anos.

Conclusão

Em paciente com mais de 45 anos sem fatores de risco elevado ou menos de 45 anos com fatores de risco, deve ser iniciada investigação adequada conforme orientação do médico assistente.

O câncer de cólon tem altas taxas de sucesso em cura quando diagnosticado precocemente e até o momento, é a nossa melhor arma contra uma doença ainda muito prevalente com com crescimento de incidência progressiva associado aos maus hábitos da vida cotidiana da atualidade.

 

 

Texto originalmente publicado em PebMed

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