Os cinco alvos da Operação Cifra Negra desencadeada nesta quarta-feira em Dourados, podem ser transferidos ainda hoje para a PED (Penitenciária Estadual). A princípios, segundo o delegado Adilson Stiguivits, eles seriam encaminhados a uma das celas do 1º Distrito Policial, porém, o local não tem estrutura para recebe-los. Eles ainda passam por oitivas na sede do Ministério Público Estadual.
O ex-presidente da Câmara Idenor Machado (PSDB) e o primeiro e segundo secretário da atual Mesa Diretora, Pedro Pepa (DEM) e Cirilo Ramão (MDB) acabaram presos preventivamente.
Além deles, mandados contra o ex-vereador Dirceu Longhi (PT) e o ex-servidor público Amilton Salina também foram cumpridos.
Operação
A ação realizada em conjunto entre a 16ª Promotoria de Justiça e a delegacia do 2º Distrito Policial de Dourados, teve alvos ainda em Campo Grande. Ao todo, são 10 mandados de prisão e um de busca e apreensão nas duas cidades, expedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Luiz Alberto de Moura Filho.
De acordo com nota encaminhada à imprensa, a ação é originária de outras duas operações, a Telhado de Vidro e a Argonautas – deflagradas em 2013 em 2014 – e que investiga crimes de colarinho branco.
Na Câmara de Dourados, as investigações apontam para corrupção ativa e passiva.
Conforme o Ministério Público, em diversos processos licitatórios realizados nos anos anteriores dentro da Casa, empresas consideradas como ‘cartas marcadas’ se apresentavam e atuavam em conluio.
Algumas delas, conforme o MPE, existiam apenas no papel para simular uma concorrência legal.
“Sem a devida concorrência, os valores dos contratos oriundos destes processos se faziam exorbitantes”, diz trecho da nota.
Propinas
Ainda de acordo com o Ministério Público Estadual, para garantir o esquema, essas empresas repassavam na época, valores aos vereadores a título de propina.
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