Carimbo e assinatura do médico foram falsificados em receituário para aquisição de medicamentos controlados, diz polícia.
A Polícia Civil instaurou procedimento para apurar falsificação em receituário para aquisição de remédios controlados, em Amambai.
Segundo relatou a vítima, um médico de 72 anos, que atende há vários anos, inclusive em posto de saúde, em Amambai, pessoas teriam falsificado seu carimbo e inclusive sua assinatura em receituário para adquirir e possivelmente vender remédios tarja preta e outros remédios controlados.
A fraude foi descoberta quando o médio foi alertado por uma farmácia de manipulação de medicamentos da cidade que desconfiou do grande número de receitas de medicamentos controlados supostamente prescritas pelo médico em curto espaço de tempo.
Depois de tomar conhecimento da situação, ao se deparar com as receitas supostamente prescritas por ele, de imediato o médico notou a falsificação de seu carimbo e inclusive de sua assinatura nos receituários.
Um dos detalhes na falsificação segundo a polícia, está em relação ao nome do médico. No carimbo falsificado o falsário teria usado a siga “Dr.” antes do nome, fator que segundo o clínico geral, ele nunca teria utilizado ao longo da carreira.
O material coletado pela polícia indica que o receituário usado pelo falsário seria do sistema municipal de saúde em Amambai, tendo inclusive a logomarca da prefeitura local.
Procurado pela reportagem do A Gazeta, o secretário de saúde do município, Leonildo Acosta, o “Léo”, informou que o modelo de receita usado pelo suposto golpista ou golpistas para a prescrição dos medicamentos controlados não condiz com o modelo usado pelos médicos lotados na Secretaria para a prescrição de medicamentos controlados, que tem receituário específico.
As suspeitas, segundo o secretário é que a pessoa ou pessoas por trás da fraude tenham fabricado, por meio de sistema eletrônico, modelo de receituário idêntico aos usados pela prefeitura para fins de promover o ato fraudulento.
De acordo com Leonildo Acosta, o fato foi levado ao conhecimento da procuradoria jurídica do município, que atua no caso.
Segundo a delegada que preside o inquérito que investiga a suposta fraude, Dra. Larissa Franco Serpa, o trabalho de investigação levantou que os falsários podem ter chegado a emitir aproximadamente 100 receitas para aquisição de medicamentos controlados fazendo uso do carimbo e da assinatura falsificada do médico.
De acordo com a delegada o médico vítima dos golpistas teria relatado que em alguns dos casos os remédios descritos pelos falsários nos receituários jamais poderiam ser tomados juntos, fator que pode elevar o caso para um iminente risco a saúde pública, complicando ainda mais a situação dos farsantes.
Segundo a Polícia Civil a equipe de investigação já tem suspeita sobre a autoria do suposto esquema fraudulento, porém maiores informações não foram repassadas para não atrapalhar o curso do trabalho investigativo.
Agazeta News