Um piloto de aviões foi preso no final da tarde desta terça-feira, dia 06 de novembro, pela PF (Polícia Federal) em Corumbá, cidade localizada na fronteira com a Bolívia, suspeito de participar de um esquema de transporte aéreo de drogas. Segundo PF, o membro da organização criminosa já estava preso no Estabelecimento Penal de Corumbá. Ele foi escoltado até a Delegacia da PF, ouvido e recolhido novamente ao presídio do município.
A operação Escalada, que investiga o tráfico internacional de cocaína, foi deflagrada nesta terça-feira (6) no estadoas de Mato Grosso do Sul; Mato Grosso; Amazonas; São Paulo, Minas Gerais e Rondônia.
De acordo com a Polícia Federal, a droga vinha da Bolívia e era transportada em aeronaves para o estado de Mato Grosso, pousando em pistas clandestinas. Depois de pousar, a droga era ocultada em fundos falsos de caminhões, a maior parte com destino a São Paulo.
Ainda segundo a PF, o piloto, que não teve o nome divulgado, foi preso preventivamente. Ele está na sede da Polícia Federal em Corumbá. Ao todo na operação, devem ser cumpridos 42 mandados judiciais, sendo 4 de prisão preventiva, 14 de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão.
Durante a investigação, verificou-se que a organização criminosa movimentava grande parte de recursos financeiros e da parte de logística para o transporte da droga com a aquisição de veículos e aeronaves em nome de pessoas que sequer existiam.
No total foram apreendidos 3 toneladas de pasta base de cocaína, além de uma aeronave bimotor e diversos veículos utilizados no transporte.
Aumento de patrimônio em MT sem justificativa
De acordo como a Polícia Federal, as investigações começaram há aproximadamente 10 meses e estavam baseadas em Cuiabá. Ela ocorre nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger, Poconé, Cáceres, Rondonópolis e Alto Araguaia, no Mato Grosso, além de Corumbá (MS), Manaus (AM), Paulinia (SP), Bauru (SP), Uberlândia (MG), e Vilhena (RO).
A 7º Vara Federal Criminal em Cuiabá determinou ainda o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados, além do sequestro de bens.
O nome da operação é em razão de alguns dos principais investigados terem experimentado um grande aumento patrimonial em tempo reduzido, como uma cobertura em apartamento de luxo e imóvel e apartamento de luxo em Cuiabá, sem qualquer ocupação lícita que as justifique.