Pesquisa do Instituto DataFolha, publicada pela revista Exame, da editora Abril, reforça a tese de fechamento da fronteira do Brasil com o Paraguai para conter a violência. A pesquisa foi realizada de 5 a 8 de fevereiro com 2.081 pessoas em todo o País.
De acordo com a pesquisa, encomendada pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), 62% dos entrevistados concordaram que o fechamento da fronteira com o Paraguai seria importante.
Ampla maioria concordou que o contrabando de cigarros também é um dos fatores que estimulam o tráfico de drogas e armas. Para 74% dos entrevistados, uma das medidas que o próximo presidente da República deveria tomar logo que assumir é o reforço do policiamento nas fronteiras.
Segundo as forças de segurança, o contrabando ajuda a financiar o crime organizado e a fronteira em MS está mais vulnerável em razão da extensão e característica geográfica.
Apenas uma linha imaginária divide o MS do Paraguai. É uma fronteira seca, de aproximadamente 600 quilômetros, sem barreira física ou obstáculo natural, como rios e matas.
Embora MS faça fronteira também com a Bolívia, de onde sai a cocaína, o problema do tráfico é maior na fronteira de Ponta Porã. As barreiras físicas e naturais na fronteira com a Bolívia provocaram a migração de traficantes de cocaína para rotas que passam pelo Paraguai.
De qualquer forma, MS tem sido o corredor do tráfico de cocaína da Bolívia e maconha do Paraguai, além do contrabando de mercadorias e cigarros, que nos últimos três anos provocou prejuízo de R$ 350 bilhões ao País.
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