Quatro internos foram transferidos nesta seguinda-feira, dia 14 de janeiro, da sede da Agrupación Especializada para a penitenciária de Tacumbú, em Assunção, capital do Paraguai. Segundo o site Campo Grande News, a medida é a primeira tomada após a intervenção no quartel que serve de presídio para dezenas de bandidos considerados mais perigosos.
Entre os transferidos nesta segunda está o brasileiro Carlos Henrique Silva Cândido Tavares, 36 anos, apontado como chefe local da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Ligado ao narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão – extraditado do Paraguai para o Brasil em dezembro de 2017 – Tavares fazia o papel de secretário no período em que o chefão esteve preso com ele na Agrupación e em Tacumbú.
Em 2016, ele foi acusado de intermediar o assassinato do carcereiro Mario Lezcano Mereles, 48 anos, e do filho dele Mario Alberto Lezcano, 26 anos, supostamente a mando de Pavão.
Os outros transferidos são os paraguaios Adán Urunaga Cohene, Édgar Penayo Ríos e Orlando Efrén Benítez Portillo, condenados por crimes que vão de assalto a sequestro.
Antes apontado como presídio seguro e alternativa para as mordomias que os chefes do crime conseguem comprar em Tacumbú, a sede da Agrupación – grupo de elite da Polícia Nacional – virou sinônimo de descaso.
Nos últimos dois meses, dois líderes do PCC fugiram do local após subornarem policiais e uma garota de programa de 18 anos foi morta a facadas dentro da cela pelo brasileiro Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto.
Expulso e entregue à Polícia Federal dois dias após a morte, Piloto tentou, com o crime, evitar a extradição para o Brasil, onde está condenado a 26 anos de prisão. Entretanto, o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez não esperou a decisão da Justiça e mandou expulsá-lo imediatamente.