Uma equipe composta por 142 médicos de Xinjiang partiram para Wuhan na terça-feira para ajudar no combate à coronavírus no paísImagem: Xinhua/Wang Fei
Os mortos pelo surto de coronavírus na China, que já infectou mais de 14 mil pessoas, não podem ser enterrados onde seus parentes desejam nem mesmo terão direito a uma cerimônia de despedida.
Hoje, o governo da China emitiu um protocolo rigoroso para o tratamento de cadáveres, como parte de seus esforços para controlar o surto.
Os restos mortais dos infectados pelo novo coronavírus terão de ser cremados em uma funerária designada e perto do local onde se encontram – não serão transportados entre diferentes regiões e não serão preservados por sepultamento ou outros meios, diz um protocolo emitido pela Comissão Nacional de Saúde, pelo Ministério dos Assuntos Civis e pelo Ministério da Segurança Pública.
As tradições fúnebres, como cerimônia de despedida, são proibidas e os corpos devem ser desinfetados e colocados em um saco selado por trabalhadores médicos e não podem ser abertos após a vedação.
As funerárias devem enviar pessoal e veículos especiais para entregar os corpos de acordo com a rota designada, e esses devem ser cremados em crematórios designados, segundo a diretriz.
A China também pediu o adiamento dos casamentos planejados para este domingo, dia 2 de fevereiro. A data é considerada, neste ano, um dia de sorte para o casamento, pois o 02022020 é um número palíndromo (a leitura pode ser feita da esquerda para a direita ou vice-versa).
As autoridades da Província de Hubei, epicentro do coronavírus, anunciaram neste sábado que também suspenderão os registros de casamento a partir de segunda-feira até um novo aviso.
Segundo os dados mais recentes, o número de mortes aumentou neste domingo para 305, enquanto o número de infectados com a doença no território chinês está em 14.380.
Até agora, todos as mortes haviam ocorrido na China. Mas, neste domingo, houve a confirmação de que um homem de nacionalidade chinesa morreu nas Filipinas. A vítima esteve em Wuhan, epicentro do novo coronavírus.
Coronavírus: o que sabemos
- Proximidade do doente com familiares e profissionais de saúde
- Maioria dos casos envolve contato com quem visitou a província de Hubei (China), cuja capital é Wuhan, de onde o vírus partiu
- Fora da China, também já foram registradas transmissões entre pessoas
- Os problemas respiratórios variam de leve a pneumonia e morte
- Os sintomas são graves em 18% dos casos, com 2% de mortes
- Gravidade é maior entre pessoas já doentes e idosas
- Não entre em contato com quem sofre de infecções respiratórias
- Use lenço descartável
- Lave as mãos frequentemente
- Use álcool gel para limpar a superfície dos móveis e objetos
- Evite contato com animais selvagens ou doentes