Também vale ponderar que a equipe ainda não desvendou quais substâncias químicas no óleo de soja são responsáveis pelas alterações encontradas no hipotálamo e nem se o mesmo acontece em humanos. Foto/Reprodução
Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia em Riverside, nos Estados Unidos, o óleo de soja, comumente usado para fritar alimentos, tem o poder de transformar a estrutura genética do cérebro. No estudo, publicado no último final de semana, na revista Endocrinology, os cientistas alimentaram ratos com três dietas diferentes, todas com alto teor de gordura: uma com óleo de soja regular, outra com óleo de soja modificado (com menos gordura) e uma terceira com base em óleo de coco.
O resultado encontrado foi que ao menos 100 genes nos ratos alimentados com óleo de soja não estavam funcionando corretamente. Um desses genes modificados produz o hormônio do “amor”, a ocitocina, capaz de regular o humor em mamíferos complexos.
Para os pesquisadores, essa descoberta pode ter ramificações que explicam doenças como o autismo e o mal de Parkinson. No entanto, é importante observar que não há provas de que o óleo cause essas doenças. Além disso, a equipe observa que as descobertas se aplicam apenas ao óleo de soja – não a outros produtos de soja ou outros óleos vegetais.
A mesma equipe de pesquisa descobriu, em 2015, que o óleo de soja induz obesidade, diabetes, resistência à insulina e fígado gorduroso em ratos. Também, em um estudo de 2017, o mesmo grupo aprendeu que, se o óleo de soja for projetado com baixo teor de ácido linoleico, induzirá menos obesidade e resistência à insulina.