Pela primeira vez, segundo a OMS, casos novos da doença são mais numerosos fora da China. Siga as últimas notícias sobre o Covid-19
Pela primeira vez desde a eclosão do surto de coronavírus (Covid-19), em dezembro, casos novos da doença são mais numerosos fora da China. Segundo o mais recente boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), há em todo o mundo 81.109 registros confirmados da infecção (96% deles na China), sendo 871 novos: 412 na nação de origem da doença e 459 em outros países.
Pode haver uma defasagem nos números da entidade em relação às estimativas dos organismos regionais e locais. O Departamento de Proteção Civil da Itália, por exemplo, computa 528 ocorrências positivas do vírus e 14 mortes. O impacto do vírus no país já transcende a crise da saúde pública e começa a espalhar a economia. O número de países que recomendam evitar viagens à Itália ―Irlanda, Croácia, Israel e Espanha para determinadas áreas― está crescendo e as reservas turísticas despencam. Hoteleiros de Veneza descrevem a situação como “à beira de um colapso”.
A apreensão contra a expansão da doença também levou a Arábia Saudita a anunciar que vai barrar temporariamente a entrada no país de pessoas que planejam fazer a Umrah, peregrinação para Meca que ocorre em qualquer época do ano. O país também decidiu restringir o acesso de cidadãos de países com surto de coronavírus.
No Brasil, a confirmação do primeiro caso de pessoa infectada na América Latina fez o Ibovespa despencar 7%. A pessoa infectada é um homem de 61 anos, morador de São Paulo, que esteve na Itália entre 9 e 21 de fevereiro e que foi internado após apresentar sintomas da doença. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou ainda que o padrão observado na China dá pistas sobre a transmissibilidade e a letalidade do coronavírus.
Fonte: El País