Classe de produtos de investimento ligados a crédito possui vantagens que chamam atenção dos investidores no contexto atual
No cenário atual, com o mercado estimando uma Selic na faixa dos 11,75% em 2022, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central, os Fundos de Crédito Privado ganham destaque e seguem conquistando mais espaço no processo de asset allocation dos investidores. Nessa conjuntura, é possível obter retornos interessantes, superiores a dois dígitos, e ainda assim manter um perfil de risco baixo.
“Os Fundos de Crédito possuem uma baixa correlação com os mercados mais tradicionais e, portanto, oferecem uma volatilidade menor ao investidor. Além disso, possibilitam uma gestão de risco eficiente, através de uma carteira bem diversificada, por emissor e setorialmente. Também permitem acessar as ofertas de esforços restritos, que costumam oferecer taxas de retorno mais atrativas, e não estão disponíveis aos investidores do varejo”, explica Marcello Almeida, sócio e head de Crédito da Vinci Partners, gestora referência em investimentos alternativos no Brasil.
Outra vantagem é o fato de os produtos de investimento ligados a Crédito Privado estarem entre os mais versáteis dentro do grupo de investimentos alternativos. Eles podem ser facilmente modulados por perfil de risco, metas de retorno e liquidez. A ampla variedade de estratégias de Crédito permite atender aos mais variados perfis de clientes, da pessoa física ao investidor institucional.
Ao longo de 2021, com o mercado de dívida privada avançando no país, a Vinci Partners percebeu uma demanda crescente por produtos exclusivos de Crédito, que, segundo o executivo, foi beneficiada pelo ótimo track-record dos fundos de Crédito condominiais da gestora. Tal fato levou a Vinci a institucionalizar uma nova vertical dedicada especialmente à estruturação e gestão de fundos exclusivos, complementando a sua plataforma de Crédito, já representada por verticais relevantes dedicadas ao financiamento de projetos de Infraestrutura, ao Crédito Imobiliário e ao Crédito Estruturado.
Dentro do conjunto de investimentos alternativos, o Crédito tem um perfil mais “cross-over” por envolver um amplo perfil de produtos, tanto de curto como de longo prazo.
Entre as opções, estão os fundos de prazo mais curto, focados em ativos mais líquidos, procedentes de ofertas públicas, de baixo risco de Crédito. Nessa categoria, os Fundos de Crédito D-30 são produtos bastante acessíveis ao público em geral, aderentes ao investidor mais conservador ou iniciante na classe, que busca um diferencial de retorno e boa liquidez.
“Eles oferecem ao investidor retornos interessantes, superior a renda fixa tradicional (títulos do tesouro), com baixo risco de Crédito através de um portfólio eficiente e diversificado de ativos. Nesse tipo de produto, os ativos devem priorizar operações junto a empresas maduras, de bons fundamentos, e com estruturas de capital mais equilibradas”, alerta Almeida.
Em linha com esse novo cenário de juros mais altos, a Vinci Partners lançou o Vinci Crédito Dinâmico, que investe essencialmente em debêntures corporativas de excelente perfil de crédito, mirando o cliente que busca baixo risco e boa liquidez, além de um diferencial de retorno acima do CDI.
Outro segmento que vem ganhando espaço são os Fundos de Crédito Estruturado, de perfil multiestratégia, que já mesclam investimentos em um setor que vem tendo uma grande ascensão no Brasil, representado pelas operações estruturadas e as securitizações.
Trata-se dos investimentos através dos fundos lastreados em direitos creditórios (FIDCs), dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), e das Debêntures de Infraestrutura. Ao investir nesses Fundos, o investidor consegue acessar diferentes classes de ativos, potencialmente mais rentáveis.
No segmento de Crédito Estruturado, a Vinci Partners já possui uma longa tradição de atuação, representada pelo Vinci Crédito Estruturado Selection (VCE) e pelo Vinci Crédito Estruturado Plus (VCE Plus). Suas carteiras possuem alto grau de diversificação por emissor e tipo de lastro e os ativos possuem baixo risco de crédito, uma vez que possuem senioridade, dentre outras proteções. Eles podem oferecer um retorno diferenciado ao cliente, com baixa volatilidade e, combinado a uma gestão de risco eficiente, apresentam performance consistente mesmo em períodos de crise.
“Nos últimos 10 anos, a Vinci Partners vem se dedicando ainda ao desenvolvimento do mercado de direct lending – estruturação mais in-house das operações – no Brasil, através da estruturação e gestão de Fundos de Crédito fechados de Longo Prazo. A Vinci já captou aproximadamente R$ 3 bilhões em cinco Fundos de Crédito de Longo Prazo, cujos prazos variaram entre 8 e 15 anos, para atuar nas principais verticais de crédito da indústria, como o Crédito Imobiliário, financiamento a Infraestrutura e Crédito Estruturado”, ressalta Almeida.
Ao captar Fundos com esse padrão de passivo, de 10-15 anos, a Vinci não apenas se coloca na vanguarda das melhores práticas de direct lending adotadas no mercado internacional, como também consegue gerar um importante diferencial para a sua Plataforma de Crédito no Brasil.
“Passivos de maior qualidade permitem a gestora oferecer soluções customizadas de Crédito, de longo prazo, e ao mesmo tempo originar oportunidades de investimento com retornos mais atraentes para os seus investidores (mais geração de alpha). Aproximadamente 70% do AuM de Crédito da Vinci já correspondem a fundos com passivos entre 10-15 anos”, destaca Marcello.
Um aspecto que é extremamente valorizado pelos investidores é a capacidade do gestor de concluir todas as etapas do ciclo de investimento, preferencialmente com as metas atingidas. “Isso é o que nos credencia a captar novos fundos”, sentencia Almeida.
Na Vinci Partners, dos cinco Fundos de Longo prazo já captados até aqui, os dois primeiros já retornaram praticamente 100% do principal investido aos investidores, o terceiro está iniciando a fase de amortização. Os demais estão em fase de investimento.
“Existe um espaço imenso para o mercado de private debt se desenvolver no Brasil, dado o tamanho do mercado de crédito local, e impulsionado pela desintermediação financeira já em curso no país, seja através das gestoras de alternativos, do mercado de capitais, ou via esse novo ecossistema de fintechs e plataformas”, adiciona Almeida.
Otimista em relação ao crescimento do interesse por produtos de investimentos ligados a Crédito, o sócio da Vinci Partners aponta a importância de o investidor interessado conhecer não apenas o produto, mas também a qualidade do gestor. A seleção do Gestor de Crédito é uma etapa fundamental na qual o investidor confiará a gestão de seus recursos. Na opinião de Almeida, são qualificações indispensáveis:
- a) Time sênior, com relevante experiência fazendo underwriting de Crédito, e que já tenha passado pelas grandes crises e vivenciado diferentes ciclos econômicos;
- b) Um processo de investimento altamente profissional e baseado em profunda análise fundamentalista, com foco em preservação de capital;
- c) Track-record consistente ao longo dos anos, com resiliência principalmente nos cenários mais adversos;
- d) Boa reputação, transparência e total alinhamento de interesses;
- e) Diversificação e abordagem ASG.
“Para nós, uma abordagem ASG já faz parte do nosso dever fiduciário. A gente realmente acredita que um comportamento corporativo responsável pelas óticas ambiental, social e de governança corporativa traz um impacto positivo no desempenho dos nossos investimentos, ajudando a reduzir riscos e evitar perda de valor no longo prazo”, conclui Marcello. A Vinci Partners é signatária do PRI desde 2012, uma das pioneiras no Brasil.
Um bom exemplo é o VES (Vinci Energia Sustentável FIDC), um fundo de Crédito gerido pela Vinci, de 15 anos de prazo, voltado para financiar projetos de Infraestrutura, em especial de geração de energia renovável, e o primeiro fundo de Crédito do Brasil a obter a certificação ASG, de acordo com a Sustainable Finance Disclosure Regulation (SFDR europeia).
Fonte: InfoMoney