Boletim epidemiológico emitido pela Superintendência Geral de Vigilância em Saúde da SES (Secretaria Estadual de Saúde) relevou registro de 59 notificações de gripe no Estado até o dia 20 deste mês.
Segundo o balanço, 56 casos seriam de Síndrome Respiratória Aguda Grave em vários municípios do Estado, um caso de Influenza A H1N1 na cidade de Jardim, um caso de Influenza A H3N2 e um registro de Influenza B em Campo Grande.
Ainda segundo o boletim, a paciente que foi classificada com H3N2 acabou morrendo após internação em unidade hospitalar de Campo Grande. A mulher, de 58 anos, era diabética e hipertensa. A morte foi registrada no dia 17 de março.
Dourados ainda não registrou nenhum caso de gripe segundo o levantamento da SES.
COMPARATIVO
No ano passado, seis óbitos provocados pela doença foram confirmados pela Saúde. Em nove anos, 2016 foi o período com maior registro de mortes. Ao todo foram 103 óbitos por gripe.
ORIENTAÇÃO
A Secretaria Estadual de Saúde orienta a população a procurar as farmácias logo no início dos sintomas gripe em busca do medicamento Tamiflu. Ele é distribuído gratuitamente nos postos de saúde.
Segundo a SES, o antiviral previne o agravamento dos sintomas, que caso não tratados submetem o paciente a riscos de morte.
Outra maneira para evitar o contágio da doença é através de práticas diárias como, higienização das mãos com frequência, uso de lenços descartáveis para higiene nasal, cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir e após fazer a higienização das mãos.
Também é preciso evitar tocar em mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos sujas, não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal, evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração, e procurar ventilar os ambientes.
DÚVIDAS FREQUENTES
Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?
Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como malestar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.
Qual a diferença da gripe comum para a “gripe A”?
O que popularmente ficou conhecida como “gripe A” é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e sobrecarga da rede de serviços de saúde. Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.
Qual o critério para a escolha dos grupos?
Os grupos prioritários são escolhidos levando em conta as pessoas com mais chances de desenvolver complicações a partir da gripe. Os critérios são construídos a partir da investigação do perfil dos casos graves e dos casos de óbito por gripe.
Qual exame deve ser feito para a comprovação da infecção por algum desses tipos da Influenza?
O exame preconizado para detecção do vírus é o Swab Combinado Naso/Orofaringe, uma coleta simples em que o produto coletado é a secreção nasal e oral do paciente. Esta é feita com swab (um cotonete um pouco maior do que utilizado em casa).