Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a doença congênita pode causar aborto, má formação e morte do bebê. O exame está disponível em todas as unidades básicas de saúde
Outubro é mês de combate ao câncer mas também de alerta para os casos de sífilis que predominam na faixa dos 20 aos 49 anos. No Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita – terceiro sábado deste mês – setores da saúde farão abordagens sobre riscos de contaminação e formas de prevenção.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) da Capital vai intensificar ações de prevenção e diagnóstico que integram o Projeto “Sífilis Não”, idealizado em parceira com Ministério da Saúde e Secretaria de Estado, que tem como objetivos reduzir a sífilis adquirida e em gestante, além de eliminar a forma congênita da doença que tem cura mas, se não tratada, pode levar à morte.
No dia 20 (sábado), o Serviço de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/AIDS) fará Dia D de mobilização, na Escola Municipal Tereza Rodrigues, no Santa Emília.
Sintomas
Entre 7 a 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado surgem os primeiros sintomas que são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas. Não doem nem coçam ou ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, as feridas podem desaparecer, todavia, a pessoa continua doente e transmitindo a doença.
Algum tempo depois, podem surgir manchas em várias partes do corpo e queda dos cabelos. Esses sintomas também desaparecem, dando a ideia de melhora.
Entretanto a doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até que surgem complicações: cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo levar à morte.
Diagnóstico
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a doença congênita pode causar aborto, má formação e morte do bebê. O exame está disponível em todas as unidades básicas de saúde.
Durante a gestação o teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.
Casos
De janeiro a setembro foram notificados 663 casos da sífilis adquirida, na Capital. O número é superior 17,55% dos casos registrados em 2016. Em gestantes foram registrados 296 casos de janeiro a setembro de 2017. Já o caso da sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê, são 96 notificações de janeiro a setembro.
Tratamento
Após o diagnóstico, o tratamento deve inicar rápido. Parceiros das gestantes precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar nova infecção. No caso das gestantes, o tratamento é o único método capaz de curar mãe e bebê. Nos casos de sífilis em bebê, a criança fica internada 10 dias. O parceiro da mãe deverá receber tratamento para evitar reinfecção da gestante e do bebê.
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