Pacientes aguardam mais de 04 horas para receberem atendimento( Foto: Silvio Dias)
Crianças chorando, pessoas portadoras de necessidades especiais passando mal, outras vomitando e com febre e até desmaiando em função de diferentes enfermidades e nenhum médico, enfermeiro ou qualquer dos atendentes dá atenção, ou demonstra o mínimo sentimento de humanidade, tampouco toma a iniciativa de providenciar socorro.
Este é o quadro caótico em que se encontra o Pronto Socorro do Hospital Regional “José de Simone Netto”, em Ponta Porã, há dois anos sendo administrado pelo Grupo Gerir.
Além do espaço exíguo, que não comporta o volume de pacientes, deixando muita gente sem ter sequer onde sentar, o que funciona mesmo é a distribuição de pulseirinhas, uma de cada cor, definidas pelo grau de risco da enfermidade durante a triagem. A impressão que se pode ter é a de que as pulseiras possuem um poder milagroso de cura, já que é só o que o paciente recebe.
Então, mesmo quem chegou ao HR no comecinho da manhã, recebeu sua respectiva pulseira, mas, já passava das 10 horas e ainda não havia sido atendido pelo médico de plantão que, aliás, nem estava lá, segundo o segurança que controla o acesso das pessoas entre o saguão e os consultórios médicos.
ACEPP
A Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (ACEPP) tomou conhecimento do problema através de associados cujos colaboradores passaram por este sofrimento, o que além de revelar a falta de preocupação com as pessoas por parte dos profissionais de saúde no HR, e a competência duvidosa dos responsáveis pela administração do hospital é uma situação desumana.
Diante disso, a ACEPP vai voltar a colocar o assunto em discussão com autoridades locais e estaduais e a sociedade ativa de Ponta Porã, a fim de oferecer um atendimento de saúde com um mínimo de qualidade e funcionalidade na fronteira.
Consultada a respeito do problema, a diretoria do hospital limitou-se a dirigir os questionamentos à sua Assessoria de Comunicação. Disso, resultou a emissão de um comunicado. É a seguinte a íntegra da nota do Grupo Gerir:
“A diretoria do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto informa que nesta quarta-feira, 12 de setembro, o número de pessoas que procuraram por atendimento no Pronto Socorro foi muito superior à média. Além disso, o atendimento é realizado de acordo com a classificação de risco do paciente, como preconiza o Ministério da Saúde, e, portanto os casos mais urgentes foram atendidos prioritariamente e os menos graves, aguardaram o atendimento, que demorou um pouco mais por conta da grande demanda. O quadro da equipe médica e de enfermagem está completo e o Instituto Gerir reforça o seu compromisso em proporcionar saúde de qualidade para a população e os atendimentos deverão ser normalizados esta tarde”.
MS AQUI
Edmondo Tazza – MTE/MS 1266