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Para sírios que fugiram para o Brasil, ataque dos EUA muda pouco

Refugiados no Brasil veem ofensiva dos EUA, França e Reino Unido contra o governo sírio como algo que não vai mudar o panorama da guerra.

Abdulbasset Jarour não vê sua família desde 2012

“A Síria já está sendo atacado internamente por vários grupos, não precisa de mais bombardeio. São tantos interesses, tantos lados guerreando e nós, o povo, só queremos ser livres.” É este o depoimento do sírio Abulbaset Jarour, de 28 anos, que mora no Brasil desde 2014. Para quem conseguiu escapar da guerra da Síria, a ofensiva dos EUA, França e Reino Unido na última sexta-feira (13), por conta de um suposto ataque com armas químicas contra civis, não faz diferença para a população, pelo menos no curto prazo. Nas palavras de refugiados sírios vivendo no Brasil, a tragédia ainda está longe de terminar.

Segundo sírios ouvidos pelo R7, a destruição da infraestrutura do país e o excesso de facções e países guerreando em diversas frentes devem continuar causando sofrimento e dificuldades para a população da Síria. No mês passado, a guerra completou sete anos e as estimativas são de que mais de 800 mil pessoas já morreram

Família espalhada pelo mundo

Abulbaset Jarour nasceu e cresceu em Aleppo, segunda maior cidade da Síria. Em 2010, antes do início da guerra, ele se mudou para a capital, Damasco, onde tinha uma loja de produtos eletrônicos.

Após o início do conflito, ele ainda ficou dois anos em seu país. Chegou a ser convocado para o exército sírio e foi ferido durante um bombardeio, que lhe trouxe sequelas nos dois joelhos. Sem ver nenhuma alternativa, ele fugiu em 2014 para o Líbano, de onde se mudou para São Paulo, já que o consulado brasileiro foi o único que lhe ofereceu um visto de refugiado. A família se espalhou pelo mundo depois disso.

“Somos sete irmãos, cada um vive num país diferente. Uma irmã no Canadá, outra na Alemanha, Canadá, Iraque, Líbano, todos refugiados. Meu pai morreu na Síria em 2015. Minha mãe e minha irmã mais nova vivem até hoje em Aleppo”, conta Jarour.

No Brasil, ele conta que fez de tudo um pouco para sobreviver: trabalhos de tradução, aulas de árabe, comida árabe, até como motorista de aplicativo. Hoje, ele dá palestras sobre a guerra e cultura árabe, trabalha em uma ONG de refugiados e é um dos coordenadores da Copa do Mundo dos Refugiados.

‘Situação desesperadora’

Segundo Jarour, a maior preocupação hoje é com a situação da mãe. Ela tem 56 anos e tem diversos problemas de saúde. Além disso, por causa de toda a violência que viveu na segunda maior cidade da Síria, hoje sofre com o stress pós-traumático.

“Minha mãe vive no hospital, é uma situação muito difícil. Ela pediu para a minha irmã não me contar nada sobre a saúde dela, mas ela conta porque insisto muito. Fico com muito medo do que ainda pode acontecer, é uma situação desesperadora”, diz o sírio.

Ele conta que Aleppo hoje tem no máximo uma hora de fornecimento de energia todos os dias e é nesse momento que consegue falar com a irmã. Nesta segunda, depois de cinco dias, ele conseguiu ter notícias pela primeira vez.

Para ele, a ofensiva de EUA, França e Reino Unido não trará nenhuma melhora para o povo sírio..

“Já morreu muita gente, os homens jovens principalmente, enquanto as mulheres, as crianças e os idosos estão sofrendo muito no nosso país. É uma vergonha para a humanidade, as pessoas estão assistindo isso tudo. Quando teve ataque em Paris, todos mudaram de foto no Facebook, para nós nada. Para quem está no Iêmen, é pior ainda”, protesta.

Jarour conta que tentou tirar a mãe e a irmã da Síria, mas não teve recursos. Ele não vê a família desde 2012, pouco depois do início da guerra.

Anas Obeid se despediu dos pais em 30 de março

Volta à Síria

Anas Obeid, de 31 anos, mora no Brasil desde 2016. Seus pais estavam com ele em São Paulo até o último dia 30 de março, quando decidiram voltar ao país governado por Assad.

“Eles ficaram aqui por quase um ano, mas não conseguiram se adaptar direito à língua e à cultura brasileiras. Minha mãe também tinha questões de herança da família pra resolver e eles quiseram voltar”, relata o jovem, que trabalha na capital paulista como comerciante.

Obeid diz que os pais ficaram em Damasco até o dia 12 de abril: “Assim que começaram a falar de suposto atentado químico e que o Trump começou a ameaçar uma retaliação, a família toda passou a incentivar que eles saíssem de lá. Eles estavam em uma área muito perigosa, a apenas 7 km de onde aconteceram os ataques com mísseis. Foram para o Líbano e agora estão em Beirute, onde podem ficar por, no máximo, um mês com visto de turistas. É uma vergonha que um país árabe faça isso conosco”, afirma.

Segundo ele, as famílias sírias que têm condições costumam viajar para países como Líbano, Turquia e Jordânia “sempre que os Estados Unidos começam a falar que vão fazer algo”.

Na opinião de Obeid, o presidente Donald Trump “só complica as coisas” quando ordena um ataque com mísseis como o documentado no último sábado (14). “Esse suposto ataque químico afetou cerca de 700 pessoas, pelo que dizem. A guerra na Síria já tem sete anos, com 800 mil mortos — mulheres, crianças, inocentes. Um bombardeio dos EUA só dá mais tempo pro Assad fazer o que ele quer”.

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