Amanda Filgueiras, de 6 anos, foi morta por Sara Maria de Araújo, de 38 anos, por vingança da mãe da vítima, Claudilene de Barros, que teria denunciado Sara ao conselho tutelar. A Polícia Civil de Minas Gerais esclareceu a motivação por trás do crime em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira. Para a polícia, Sara disse que corria o risco de perder a guarda de Maisa, sua filha mais nova, de 5 anos, depois da denúncia. Ela alega que a mãe da vítima queria afastá-la de Maísa.
— Ela (Sara) alega que a vontade dela era de matar a mãe, mas como não tinha forças e condições de matar Claudilene, assassinou sua filha, Amanda. Sara não tinha ficha criminal, mas teve passagens no âmbito do conselho tutelar — em vídeo, disse o delegado regional da Polícia Civil em Divinópolis, Leonardo Pio.
Em depoimento, Sara detalhou à polícia como foi o crime. Atraída por Sara para interior de sua residência, Amanda chegou à casa da criminosa, por volta das 19h20, horário em que a vítima foi dada como desaparecida pela mãe. A autora do crime afastou Maísa, que estava em casa, em outro cômodo. Depois, pegou uma corda e enlaçou no pescoço de Amanda, sufocando a menina até ela perder a consciência.
— Ao constatar que ela ainda estava viva, Sara afogou a Amanda em um balde de água, o que foi a causa da morte, segundo o laudo de necrópsia. Em seguida ela enrolou Amanda com uma camada de plástico e outra de cobertor — relatou Pio.
Amanda ficou em um dos cômodos da casa de Sara por cinco horas, e quando a rua estava cheia de pessoas à procura da menina, decidiu jogá-la do segundo andar, que tinha oito metros de altura.
— Ela será investigada por homicídio qualificado e fraude processual, que somadas podem chegar a mais de 30 anos. A Sara demonstrou total desamor à vida alheia. Ela alega estar arrependida e ter agido por vingança. Foi um dos crimes mais bárbaros do Centro-Oeste nos últimos anos, que choca a população — afirmou o delegado.
Amanda foi velada na tarde desta sexta-feira, e o sepultamento está marcado para este sábado, às 8h, no cemitério Parque da Colina, em Divinópolis.
extra