Número de matrimônios recuou 3,7%, enquanto separações cresceram 4,7%
O brasileiro está se casando menos, se divorciando mais e decidindo ter menos filhos. Esse é a fotografia da sociedade brasileira, projetada nas Estatísticas do Registro Civil 2016, publicada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (14).
No ano passado, foram registrados 1.095.535 casamentos no País — quase 42 mil matrimônios a menos que os registrados em 2015. Por outro lado, as separações totalizaram 344.526 em 2016 em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais. Significa um aumento de 4,7% frente aos 328.960 divórcios registrados em 2015.
Para completar, o número de nascimentos chegou a 2.793.935 no ano passado — uma expressiva queda de 5,1% em relação ao ano anterior, quando 2.945.344 nasceram no País.
As informações relativas aos fatos vitais e aos casamentos são publicadas desde 1974 pelo instituto. Já os dados sobre divórcios foram incorporados em 1984.
Casamentos
Entre as 27 unidades da federação, 20 tiveram queda nos registros civis, com destaque para Piauí (-13,2%), Alagoas (-12,5%) e Paraíba (-11,3%). Na contramão, o Amapá teve um aumento de 20% no número de casamentos em 2016.
Dos 1.095.535 casamentos em 2016, 99,5% ocorreram entre pessoas de sexos opostos (1.090.181) e 0,5% entre pessoas do mesmo sexo (5.354) — esse tipo de matrimônio foi autorizado pela Resolução 175 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de 2013.
“Nas uniões civis entre cônjuges solteiros de sexos diferentes, para o Brasil, a diferença das idades médias ao contrair a união entre homens e mulheres era de aproximadamente 2 anos, sendo que os homens se uniram em média aos 30 anos e as mulheres aos 28 anos de idade”, destaca o IBGE.
Para pessoas do mesmo sexo que fizeram uniões civis, “a idade média ao contrair a união era de aproximadamente 34 anos, tanto
para os homens, quanto para as mulheres”.
Divórcios
Considerando os mais de 344 mil divórcios no ano passado, “em média o homem se divorcia mais velho que a mulher. O homem tem em média 43 anos enquanto a mulher, 40 anos de idade na data do divórcio”. O instituto apontou que o tempo médio entre a data do casamento e o divórcio é de 15 anos.
Nascimentos
Pela primeira vez em 7 anos, o número de nascimentos recuou em todas asregiões do País e de maneira uniforme. A região Sul foi a que contou com a menor queda (3,8%) e a Centro-Oeste com a maior (5,6%).
Apesar da queda do número geral de nascimentos, a idade média da mãe ao ter o bebê ficou inalterada em relação a 2015. Na região Norte, 29,6% dos nascimentos se concentram em mães com idade entre 20 e 24 anos — “resultado de uma população relativamente mais jovem na Região Norte em comparação com as demais”, segundo o IBGE.
No Nordeste, predomina a mesma idade para as mães. De acordo com o IBGE, “no Centro-Oeste, os nascimentos provenientes de mães de 25 a 34 anos ganha maior representatividade se comparado às outras duas regiões citadas”.
No Sul e no Sudeste, a maioria das mães tem filhos entre 25 e 29 anos de idade, seguida daquelas com idade entre 20 e 24 e, por fim, daquelas entre 30 e 34 anos de idade.
R7