Em evento que reuniu os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, do Paraná, Beto Richa e de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (os três do PSDB), foi apresentada ontem à tarde, no Hotel Sheraton, em São Paulo, a proposta de construção de uma ferrovia ligando Paranaguá (PR) a Dourados, num trecho de aproximadamente 1.000 quilômetros de extensão e um custo de construção estimado de R$ 10 bilhões.
O lançamento do edital de chamamento para empresas do setor de logística se manifestarem para a elaboração de estudos de viabilidade econômica da ferrovia foi prestigiado ainda pela prefeita de Dourados Délia Razuk, os prefeitos de Caarapó, Mário Valério, e Maracaju, Maurilio Azambuja, além de lideranças da Fiems (Federação das Indústrias de MS), da Associação Comercial e Empresarial de Dourados, e os vereadores Alan Guedes, Junior Rodrigues, Pedro Pepa e Cirilo Ramão.
O projeto da nova linha foi apresentado a investidores pelo governador paranaense. Beto Richa explicou que o objetivo da linha é facilitar o escoamento da produção agrícola do Oeste paranaense e do Centro-Oeste brasileiro pelo Porto de Paranaguá. “O porto está capacitado, adequado e modernizado”, disse. “Agora vamos investir no modal ferroviário, que é muito mais econômico e mais adequado para o transporte de grãos”, completou.
Segundo Richa, com a publicação da PMI, o seu Estado quer estimular a participação de empresas privadas no processo. Na primeira fase, elas deverão realizar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da ferrovia. A partir da conclusão destes trabalhos o governo deve abrir uma licitação para a concessão da linha.
Para o governador Reinaldo Azambuja, a consolidação da ferrovia unindo Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá, levará a produção agropecuária do Estado a uma nova fronteira de competitividade. “Nosso grande gargalo é a logística. Não tenho dúvidas de que a construção desse modal ferroviário é o caminho para aumentar a competitividade da produção, ampliar a oferta, os dividendos aos produtores e agregar valor aos nossos produtos”, afirmou o governador.
Na avaliação dele, a publicação do PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) é um passo importante para a consolidação do projeto que trará inúmeros benefícios à produção do Estado, atualmente escoada somente por modal rodoviário. “Acaba tirando a competitividade dos nossos produtos”, explicou. Conforme o governador, estudos apontam que a melhor saída para a produção de MS é pelo Porto de Paranaguá.
“Fazendo esse modal a gente integra uma região extremamente produtiva”, completou, sobre a parceria com o estado vizinho. Juntos, MS e Paraná são responsáveis por cerca de 30% de toda a produção de grãos do País.
A prefeita Délia Razuk, que participou do evento em São Paulo com o secretário de Planejamento Urbano José Elias Moreira, já havia recomendado prioridade por parte da equipe técnica do Município no sentido de facilitar a tramitação dos documentos necessários para Dourados estar presente nesse projeto da Ferroeste.
Para a prefeita de Dourados, o ramal ferroviário será capaz de projetar Dourados e o Mato Grosso do Sul, juntamente como Paraná, como a melhor alternativade exportação da produção brasileira para ocentro do mundo. “É seguro afirmarmos que a visão empreendedorados governadores Reinaldo Azambuja e Beto Richaproporciona a certeza de que a nossa região pode,agora, demonstrar a sua pujança.Dourados se sente feliz em participar dessaconquista”, disse.
TRECHO
A obra da nova ferrovia esta dividida em dois trechos. O primeiro tem 400 quilômetros e liga Guarapuava ao Litoral do Paraná. O segundo sai de Guarapuava rumo a Dourados, passando por Cascavel, Guaíra (PR)e Mundo Novo, Eldorado, Iguatemi, Amambai e Caarapó, com a construção de mais 350 quilômetros de trilhos.
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