Até outubro deste ano, cinco companhias aéreas transportaram mais órgãos e tecidos no Brasil do que em todo o ano de 2016.
Ao todo, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), foram 4.200 itens em dez meses contra 3.847 no ano passado, um crescimento de 9,1%.
O resultado brasileiro é fruto de um acordo de cooperação, firmado em 2011, entre órgãos públicos, companhias aéreas e aeroportos, que possibilita o transporte aéreo de órgãos para transplante de forma totalmente gratuita e voluntária.
Para o ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella, o termo de cooperação entre o setor público e privado permite que esse deslocamento seja feito de maneira mais “ágil, eficiente e segura”.
“O termo é fundamental para garantir que qualquer órgão doado ou equipe médica saia de uma localidade do País e chegue ao destino necessário, onde há um paciente aguardando para fazer um transplante”, destacou o ministro após a renovação do acordo nessa quarta-feira (6).
O acordo também estipula que as empresas façam transporte de sangue e equipe médicas. Os custos das taxas de embarque são de responsabilidade dos aeroportos.
“É com essa parceria, assim como a disponibilidade de uma aeronave da FAB e o trabalho de inúmeros profissionais, além da solidariedade da população brasileira, que temos conseguido realizar, a cada ano, um número cada vez maior de transplantes no SUS”, destacou o ministro da Saúde Ricardo Barros.
Em 2017, a Força Aérea Brasileira (FAB) já transportou 199 órgãos/tecidos, número superior à quantidade de 2016, quando foram 184 itens. A FAB é acionada somente quando não há voos para atender a uma emergência.
O ministro Ricardo Barros destacou ainda que o Brasil possui o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, com mais de 24 mil cirurgias feitas em 2016.
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