A situação de William Waack, 64, na Globo está muito complicada.
O experiente âncora se tornou o centro de uma nova polêmica nesta quarta-feira (08) quando foi vazado um vídeo, que teria sido gravado durante a cobertura da vitória de Donald Trump, em que Waack faz um comentário considerado ‘racista’.
O vídeo foi gravado em 2016, em frente à Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos. Nele, Waack, segundos antes de entrar no ar, reclama de uma buzina na rua.
“Não vou nem falar, porque eu sei quem é… é preto. É coisa de preto!”, teria dito o âncora do ‘Jornal da Globo’.
O comentário ganhou uma repercussão imensa nas redes sociais. Tanto é que Waack foi afastado do “Jornal da Globo” por tempo indeterminado e pode encerrar sua carreira na emissora.
A Globo está analisando como resolver o problema. E uma das possibilidades é romper o contrato do jornalista, que renovou seu vínculo com o canal em 2015 por mais sete anos.
A permanência de Waack compromete a postura da emissora, uma vez que a própria Globo saiu publicamente em defesa de Majú Coutinho quando a mesma foi vítima de racismo nas redes sociais. Colegas de jornalismo da emissora estariam profundamente irritados com o comentário do âncora.
Como fica agora a campanha “Somos Todos Maju”, envolvendo Maria Julia Coutinho, vítima de ataques racistas nas redes sociais?
O que pode acontecer é a emissora tentar um acordo com o âncora, tipo um “pede para sair”.
Em gestões passadas, Waack seria afastado, teria um longo tempo de descanso e poderia voltar, mais adiante, após um pesquisa sobre o índice de rejeição do público.
“A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuante. Diante disso, a Globo está afastando o apresentador William Waack de suas funções em decorrência do vídeo que passou hoje a circular na internet, até que a situação esteja esclarecida”, diz o comunicado da emissora.
Waack já foi alvo de algumas polêmicas, como o pouco caso que fez ao vivo da cantora Anitta, as discussões com a jornalista Cristiane Dias durante a Olimpíada do Rio e o atrito com sua ex-companheira de bancada, Christiane Pelajo.
Mas nada comparado a confusão atual, que é considerada ‘crime’.