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Em busca do sonho de cursar Medicina, 65 mil brasileiros se aventuram em universidades de países vizinhos, algumas sem habilitação ou com estrutura precária de ensino
Fonte : ESTADÃO
Texto: Fabiana Cambricoli / Fotos e vídeos: Werther Santana
Enviados especiais / Pedro Juan Caballero
Internacionalmente conhecida por integrar um dos principais corredores de tráfico de drogas na América do Sul, a cidade paraguaia Pedro Juan Caballero vem passando por uma importante transformação nos últimos dois anos. Não que a atividade criminosa tenha cessado no local. Longe disso. A diferença é que se somaram ao cotidiano local, marcado por seguranças armados em cada esquina e crimes bárbaros associados ao crime organizado, milhares de estudantes brasileiros vindos de diferentes regiões do Brasil em busca de um sonho: o diploma de Medicina.
Basta andar algumas horas pela cidade, que faz fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, e pelos corredores das faculdades para notar que esse movimento migratório é expressivo. Na maioria das instituições de ensino, só se ouve o português. As turmas são formadas quase que totalmente por brasileiros. No entorno das universidades, é comum ver a oferta de quitutes típicos da nossa culinária, como coxinha e pastel, com preços fixados em reais, embora a moeda oficial paraguaia seja o guarani. Crescem ainda a construção de edifícios para abrigar repúblicas de estudantes que migraram em busca da formação médica.
Habitada por aproximadamente 116 mil pessoas, Pedro Juan Caballero tem nove faculdades de Medicina, nas quais estudam pelo menos 12 mil brasileiros. O número é superior, por exemplo, ao de vagas ofertadas por ano por todas as universidades públicas do Brasil (10,6 mil)
A jovem é da cidade de Rolim de Moura, em Rondônia, e decidiu migrar para o Paraguai para estudar por causa dos altos preços das faculdades de Medicina brasileiras. “As que eu pesquisei na minha região estavam entre R$ 7 mil e R$ 10 mil. Quando eu vim para cá, a mensalidade era R$ 600. Contando aluguel aqui, mensalidade e minhas despesas, não dá nem metade do que gastaria com uma faculdade brasileira”, diz ela. “No começo, eu tinha um pouco de preconceito em estudar fora, mas a gente vem atrás de um sonho. Algumas coisas são precárias, mas acho que o empenho do aluno também faz diferença”, opina.
Dentro da cidade, com tantas instituições, nem todas acumulam os mesmos problemas. Das nove instituições de Pedro Juan, duas delas têm melhor reputação e conseguiram o selo da Agência Nacional de Avaliação e Acreditação da Educação Superior (Aneaes), espécie de certificação de qualidade dada pelo governo paraguaio. Nestas instituições, as mensalidades variam entre R$ 1.400 e R$ 1.800.
Uma delas, a Universidade del Norte (Uninorte), tem tentado modernizar sua estrutura. “No morgue, temos dez cadáveres para estudo. Temos também uma sala de simulação com um sistema de som que reproduz sons cardíacos e pulmonares para a prática dos alunos”, disse Rubén Gorgonio Medina Franco, coordenador da carreira de Medicina da Uninorte em Pedro Juan Caballero, enquanto mostrava a estrutura da faculdade ao Estado.
A Universidade Pacífico (UP), outra com certificação da Aneaes, está finalizando a construção de um moderno prédio na entrada da cidade. A expectativa é de que a faculdade tenha nesse espaço, de 15 mil metros quadrados, seu próprio hospital universitário para as práticas dos alunos. “Teremos alas para urgência e emergência, clínica médica, ginecologia, cirurgia. A primeira parte será aberta em 2020”, relata Natalia Vega, diretora de marketing da UP.
Outra que pretende construir no futuro um hospital próprio é a Universidade Central do Paraguai (UCP). A instituição é uma das mais novas da região, mas já lidera em número de alunos. Inaugurada em 2017, ela possui 4,5 mil estudantes, mais de 90% brasileiros. Para atrair todos os perfis de estudantes, a instituição implantou até uma creche para receber filhos de alunos.
CONCORRÊNCIA
COM SUPERPOPULAÇÃO DE ALUNOS, PACIENTES SÃO DISPUTADOS
A busca das universidades por uma unidade hospitalar própria para as práticas dos alunos não é apenas uma comodidade, mas uma necessidade cada vez mais urgente. Isso porque, com a explosão de estudantes de Medicina em Pedro Juan Caballero, o principal hospital da região não tem suprido a demanda das universidades.
Com apenas 90 leitos e estrutura precária, o Hospital Regional de Pedro Juan Caballero recebe todos os dias centenas de alunos. Em visita à unidade, a reportagem encontrou praticamente em todos os setores, da maternidade à psiquiatria, grupos de estudantes brasileiros.
“Como são muitos alunos, a gente tem de ficar ‘brigando’ pelo paciente”, conta Vanessa Sibely Veronica Santos da Silva, de 20 anos. Ela também reclama da estrutura dos hospitais da região. “Aqui é tudo mais simples, não tem muita tecnologia”, diz.
De fato, até a estrutura física do prédio chama a atenção pela simplicidade. O teto é de telha, sem forro, e há sujeira e bolor acumulado. Não há ar-condicionado nos espaços, no máximo um ventilador de teto, e muitos dos móveis, como armários e camas, estão quebrados ou mal conservados.
No dia da visita do Estado à unidade, um bebê de 28 dias internado com bronquiolite era atendido em um leito comum, em um dos quartos com os problemas citados acima, pois não há na unidade uma estrutura de atendimento neonatal.
As limitações fazem Vanessa e outros estudantes planejarem realizar o internato (período durante o 6.º ano da graduação em que o aluno faz uma espécie de estágio em um hospital) em algum centro médico do Brasil. Algumas faculdades paraguaias conseguiram firmar um acordo com hospitais brasileiros para tornar essa prática possível.
Se, por um lado, a estrutura física atrapalha o processo de aprendizado dos estudantes, eles elogiam a abordagem humanizada que são incentivados a adotar. “A maioria das pessoas que atendemos é muito humilde. Algumas são indígenas, não falam nem espanhol. Então temos de ter muita paciência, exercer o tempo todo a humildade”, comenta Marcos Cesar Ferreira dos Santos, de 42 anos, estudante do 4.º ano.
MARKETING
PARA ATRAIR MAIS BRASILEIROS, CALL CENTER EM PORTUGUÊS, ‘INFLUENCERS’ E CURSO NOTURNO
Mesmo com o hospital da cidade sem condições de receber mais alunos, parte das faculdades de Pedro Juan Caballero e de outras cidades tem investido em estratégias de marketing pesadas voltadas ao público brasileiro.
“Criamos um call center em português e contamos com captadores, que são alunos que firmam um contrato com a faculdade para ganhar uma remuneração se trouxer mais alunos. Mas não pode ser pouco, tem de ser pelo menos uns 20, segundo o contrato”, afirma Diego Hermosilla, coordenador administrativo da UPAP em Pedro Juan Caballero, que já conta com 1,4 mil estudantes de Medicina, dos quais 96% são brasileiros.
Para conseguir bater a meta do número de alunos atraídos, os captadores usam principalmente as redes sociais, como é o caso de Andiara Barros, de 29 anos, aluna do quinto ano da UPAP que mantém nas redes o perfil Medicina Informa, no Instagram, com posts e vídeos sobre o dia a dia dos alunos do curso no Paraguai. Ela também possui site, número de whatsapp, canal no Youtube, página no Facebook e outros recursos para dar consultoria e atrair novos estudantes. “O máximo que já consegui captar por semestre foi 150 alunos, mas em épocas mais fracas são de 40 a 60”, conta ela, que, com o valor obtido com as novas matrículas, consegue arcar com os custos das mensalidades do curso.
Outra universidade que trabalha com captadores é a UCP. O próprio diretor de marketing da faculdade, Renato Michel, é aluno do 3.º ano de Medicina e também realiza ações de captação de novos estudantes.
Neste semestre, a UPAP fez outra aposta na tentativa de atrair mais brasileiros: passará a oferecer o curso noturno, e não só o de período integral, como a maioria das faculdades. “É para dar a oportunidade de estudar a quem precisa trabalhar”, justifica Hermosilla. Ele afirma que a carga horária será a mesma.
No período noturno, os alunos terão aulas de seis horas, todos os dias. No integral, explica ele, a diferença é que o aluno tem aulas pela manhã e à tarde, mas nem todos os dias e com muitas janelas entre as diferentes aulas. “No curso noturno, as aulas serão mais concentradas”, afirma.
PERFIL
BRASILEIROS JÁ GRADUADOS E ATÉ IRMÃOS MIGRAM EM BUSCA DO DIPLOMA
Se nas faculdades brasileiras o perfil predominante de alunos de Medicina é de jovens recém-saídos da adolescência e de classe alta, nas escolas médicas do Paraguai o grupo é mais diverso. Embora os jovens também sejam maioria por lá, há muitos casos de pessoas mais velhas, já formadas em outra área, que abandonaram emprego e casa no Brasil para cursar Medicina no exterior. A maioria toma a decisão depois de algum conhecido se aventurar e conseguir o diploma.
Tem um colega da minha cidade que se formou aqui, passou no Revalida e hoje atende em clínicas próprias, está muito bem”Luciana Mourão, de 36 anos, que migrou de Rondonópolis (MT) com o irmão, Lucio, de 21, para estudarem juntos Medicina
“Inicialmente meus pais me pediram para vir com ele porque ele era muito jovem e achávamos que a região era perigosa. Então eu pensei que já que eu ia morar aqui, eu poderia fazer Medicina também”, conta ela. Formada em Economia e Design de Interiores, ela tinha uma franquia em Rondonópolis. Vendeu o negócio e viajou com o irmão. “Hoje eu peguei gosto pela profissão”, conta Luciana, que está no 4º ano.
Assim como Luciana e Lucio, muitos dos estudantes no Paraguai são de Estados do centro-oeste brasileiro. Há também muitos nascidos no Norte. A justificativa se dá pelo acesso facilitado à região da fronteira e ao baixo número de vagas de Medicina nessas regiões.
Em todo o País, o número de vagas disponíveis é muito menor do que o de interessados. Segundo o último Censo da Educação Superior, com dados de 2018, as universidades brasileiras públicas e privadas ofereceram no ano passado 35,6 mil vagas para novos alunos de Medicina, mas o número de inscritos para vestibulares da carreira passou de 1 milhão, uma média de 28 candidatos por vaga. Entre as instituições de ensino públicas, a concorrência é ainda maior: 65 candidatos por vaga.
HISTÓRIAS DE BRASILEIROS QUE MIGRARAM EM BUSCA DO SONHO DE SER MÉDICO
Luciana, de 36 anos, e Lucio Mourão, de 21 anos
Naturais de Rondonópolis (MT), os dois são irmãos e estudam Medicina na mesma sala. Ela já era formada em Economia e Design de Interiores, mas, a pedido dos pais, se mudou para Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan, para “cuidar do irmão” e acabou fazendo Medicina também
Lilian Batista de Oliveira, de 25 anos
De família religiosa missionária, ela quer se formar em Medicina para servir em trabalhos no Oriente Médio
Lilian Batista de Oliveira, de 25 anos
De família religiosa missionária, ela quer se formar em Medicina para servir em trabalhos no Oriente Médio
Thiago Bracks Oliveira, de 32 anos
Após fazer dois anos de cursinho no Brasil e não passar no vestibular, Thiago decidiu sair do interior de São Paulo rumo ao Paraguai para realizar o sonho de formar-se médico. Hoje está no 5.º ano da graduação
ESFORÇO
COLEGAS DE CLASSE, PAI E FILHO VENDEM ESPETINHO PARA PAGAR CURSO
Marcos Cesar Ferreira dos Santos sempre teve o sonho de ser médico, mas, por causa das altas mensalidades e do vestibular concorrido, nunca pensou que poderia concretizá-lo. Depois de se casar e ter dois filhos, passou por uma situação que o fez reviver sua intenção de adolescente: o sogro foi diagnosticado com câncer e ele foi um dos que acompanhou de perto a batalha contra a doença. “Foi algo muito agressivo. Eu o via daquele jeito e queria ajudar, mas não sabia o que fazer”, conta.
O sogro não resistiu à doença e morreu em 2014. Logo em seguida, o filho mais velho de Marcos, Gustavo, de 21 anos, no último ano do ensino médio, começava a pensar no vestibular. “Perguntei o que ele ia fazer da vida e ele não estava muito certo, então sugeri essa possibilidade de fazermos Medicina juntos. Seria uma oportunidade boa para ele e, ao mesmo tempo, a retomada do meu sonho”, conta Marcos. A família tinha um primo que já havia migrado para o Paraguai para fazer o curso, o que deu alguma segurança na tomada de decisão.
Em 2016, Marcos se mudou, com a família inteira, da cidade de Cacoal, em Rondônia, para Ponta Porã, na divisa com Pedro Juan Caballero para iniciar o curso de Medicina. Hoje, pai e filho estudam na mesma sala e estão no 4.º ano da faculdade.
Sem poder trabalhar em horário comercial por causa do curso integral e com duas mensalidades para pagar, Marcos resolveu abrir um churrasquinho na garagem de casa em Ponta Porã. No pequeno negócio, trabalham a mulher, na preparação dos espetinhos; Marcos, na churrasqueira; e Gustavo, no atendimento aos clientes. Até o caçula da família, de 14 anos, dá uma mão quando o movimento é grande. “A gente recebe pedidos pelo Whatsapp também. Tem noite que atendemos até 80 pessoas”, comemora Marcos.
A clientela é como se fosse da família. Quando pai e filho estão em semana de provas, eles avisam os clientes por mensagem que o serviço não vai funcionar. “Eles entendem porque sabem que, acima de tudo, somos estudantes”, diz Gustavo.
FORMADOS
BUSCA POR REVALIDA CRESCE 1.336%, MAS TAXA DE APROVAÇÃO É DE 19%
Sem conseguir prestar o exame Revalida, Emil Sleiman Tibcherani dá aulas na mesma faculdade em que se formou no Paraguai
A situação documental e estrutural das faculdades novatas e as incertezas quanto ao futuro do programa Mais Médicos e do processo de revalidação do diploma no Brasil trazem angústia aos brasileiros que estudam no exterior e aos já formados. Alguns não sabem se conseguirão o diploma. Mesmo os que estudam em faculdades com situação totalmente regular não têm garantia de que poderão trabalhar no Brasil.
A maioria dos estudantes ouvidos pelo Estado diz que pretende revalidar o diploma para poder trabalhar no Brasil, mas as estatísticas do MEC mostram que poucos têm conseguido. Nas sete edições do exame Revalida realizadas desde 2011, somente 19,9% dos candidatos brasileiros foram aprovados.
O número de inscritos no exame só aumenta. Em 2011, apenas 297 estudantes brasileiros tentaram revalidar o diploma por meio da prova. Em 2017, o número saltou para 4.267, um crescimento de 1.336%.
Além da dificuldade do exame, os estudantes estão agora angustiados com a falta de definição por parte do MEC quanto ao próximo Revalida. A última edição foi a de 2017, que teve sucessivos atrasos em suas duas fases, o que comprometeu as edições dos anos seguintes.
Formado em 2016, Rafael Lindolfo Carreteiro, de 26 anos, foi um dos últimos brasileiros formados no Paraguai que conseguiram se inscrever no exame e ter o diploma revalidado. Para isso, porém, passou por uma angústia de mais de dois anos. “A segunda fase do Revalida era para ser em março de 2018 e foi acontecer só em novembro. O resultado final e meu diploma saíram só em maio de 2019. Foi um desespero. Cheguei a ficar com sintomas de depressão, porque foram tantos anos de luta e sacrifício para conseguir estudar fora e vinha aquele medo de não saber se eu conseguiria trabalhar”, conta o médico.
Após a revalidação, ele emitiu seu registro no Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul e logo começou a trabalhar em um hospital de Ponta Porã como plantonista no pronto-socorro. “No meu tempo livre, estou estudando para a prova de residência. Quero fazer cirurgia geral”, conta.
Sidnei Henrique Silva, de 28 anos, graduado também em 2016, não conseguiu passar no Revalida 2017 e, sem ter outra chance de fazer a prova até hoje, trabalha como assistente administrativo de um hospital da cidade de Rio Pardo (MS).
“O governo não está preocupado com os brasileiros formados fora. Parece que eles estão mais preocupados com os cubanos do que com a gente. Não queremos nenhum privilégio, apenas o direito de fazer a prova”, diz Silva. “Não me arrependo de ter estudado fora porque era a única forma de eu realizar meu sonho. Mas se alguém me perguntar hoje se deve ir, eu aconselho a não ir”, diz.
Formado em 2017, Emil Sleiman Tibcherani, de 30 anos, optou por trabalhar no Paraguai enquanto não consegue a revalidação do diploma no Brasil. Ele é professor de histologia e primeiros auxílios da Uninorte, mesma universidade que se formou, e atua como médico na cidade paraguaia de Rio Verde. “Para mim fica mais fácil trabalhar no Paraguai porque sou natural de Ponta Porã, então vivo perto da fronteira. Mas há colegas das regiões Norte e Nordeste que se formaram aqui, voltaram para suas cidades e estão sem trabalhar”, conta.
O cenário de incerteza fez um grupo de estudantes de Pedro Juan Caballero montar, em fevereiro deste ano, uma associação para representar os brasileiros que estão na região em busca do diploma médico. A Associação de Medicina do Exterior (Ameex) já possui 2.100 associados.
O principal objetivo é lutar pela questão do Revalida, cobrando governo e políticos”Lucas Barros, de 30 anos, presidente da Ameex
Questionado sobre o Revalida, o Ministério da Educação afirmou que as provas e a divulgação dos resultados do exame de 2017 sofreram atraso por causa da grande quantidade de recursos movidos por candidatos no processo. “Nesse momento, a atual gestão vem buscando sanar o lapso temporal do Revalida com medidas de ajustes para atender a demanda dos médicos formados no exterior, como uma pauta prioritária”, declarou o órgão, em nota. Quanto a uma possível data de realização do próximo exame, o ministério informou apenas que será “o mais breve possível”.
A pasta disse ainda que prorrogou a portaria que criou um grupo de trabalho para discutir mudanças no Revalida e que as propostas do grupo devem ser concluídas até o final de outubro.
Para o cônsul do Brasil em Pedro Juan Caballero, Vitor Hugo de Souza Irigaray, a migração em massa de estudantes brasileiros à região da fronteira para estudar Medicina precisa de maior atenção do governo federal. Ele defende que seja formada uma missão com representantes dos ministérios da Educação e da Saúde para verificar a realidade dos alunos e das faculdades. “Precisamos de médicos bem formados. Quem está em jogo não é o médico, é o paciente.