Nesse mês a Polícia registrou 14 assassinatos somente na fronteira de MS. Em todo o País foram 34 mil execuções
O Estado de Mato Grosso do Sul registrou 338 mortes por crimes violentos de janeiro a agosto desse ano. Os números são do Monitor da Violência, uma ferramenta do site G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em todo o Brasil 3,4 mil pessoas morreram somente no mês agosto por crimes como homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Em 8 meses foram 34 mil vítimas desses tipos de crime.
De acordo com a pesquisa, no mês de janeiro foram 38 mortes violentas em Mato Grosso do Sul. Em fevereiro esse número subiu para 46. Em março diminuiu para 36, subindo para 44 em abril, chegando a 51 em maio, 45 em junho, 44 em julho e 34 em agosto, mês com menor registro desse tipo de crime. O índice de assassinatos é de 1,24 a cada 100 mil habitantes.
De acordo com o doutor em sociologia da USP e professor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), os grupos de pessoas que mais morrem em MS são jovens de 15 a 29 anos, especialmente negros. Outro dado importante é que do total de mortes registradas no ano passado no Estado (7.424), quase 4 mil foram em decorrência de arma de fogo. Ao todo, o Brasil registrou 62 mil homicídios.
Em MS, segundo o especialista, apesar dos números altos, houve uma redução de 9% nos homicídios. De acordo com o secretário de Segurança Pública Carlos Videira, em Mato Grosso do Sul os grupos que mais matam são os que atuam no tráfico de drogas nas fronteiras com o Paraguai e Bolívia. Segundo ele, a repressão ao crime acontece com a forte ação das forças policiais e grupos especializados e capacitação do efetivo.
Índices reduzidos
Em relação a 2016 e 2017, houve uma redução no número de homicídio no Estado, cerca de 9%. Ao apresentar o balanço de 2017, o Governo do Estado destacou que o mapa que mede a violência lista MS como o terceiro estado mais seguro do País. Em Mato Grosso do Sul, estão sendo investidos R$ 120 milhões na segurança pública.
Mortes na fronteira
Crimes na fronteira de MS com o Paraguai tem chamado a atenção das autoridades. Foram sete na última semana, e 14 desde o feriadão do dia 11 e 12 deste mês. Um deles foi o empresário brasileiro, dono de uma cafeteria em Pedro Juan Cabalero, Paulo Dionizio Ribeiro, 55 anos. Ele foi executado em frente à casa dele, na Avenida Tenente Herrero, centro de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, foi alvejado a tiros na cabeça, no peito e no braço. Os dois pistoleiros estavam de moto. Ele tinha acabado de chegar em casa quando recebeu uma ligação no celular e saiu para a frente da casa. Na calçada, ele foi alvejado pelos pistoleiros e morreu na hora.
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