Delegacia de Santa Helena de GoiásImagem: Polícia Civil/Divulgação
Uma mulher de 29 anos foi presa em Santa Helena de Goiás (a 207 quilômetros de Goiânia) suspeita de matar por asfixia o filho de 6 anos. Segundo a Polícia Civil, em depoimento, a mãe contou que entrou em um “momento de fúria” depois que a vítima se recusou a limpar a casa. O assassinato aconteceu na manhã de ontem. As investigações indicam que a mulher acordou o filho por volta de 5h e pediu para que limpasse a casa. Ao recusar, o menino sofreu agressão com um cinto e correu para o quintal. Nos fundos da casa, a mãe teria o executado. A própria suspeita acionou a PM (Polícia Militar) por volta das 9h30.
“Ela confessou a execução do próprio filho. Ele foi encontrado no quintal, com sinais de asfixia e hematomas”, disse o delegado Danillo Proto, que comanda o inquérito. Quando a PM chegou à residência, a mulher amamentava outro filho, um bebê. Após matar a vítima, ela ainda colocou fogo nos objetos, nas roupas e nos documentos pessoais do garoto. A frieza no depoimento da suspeita chamou a atenção das autoridades que acompanham o caso.
“Segundo ela, estava em um momento de fúria e raiva e, diante disso, tomou a iniciativa de executar o filho. Ela é uma pessoa extremamente fria. (…) A casa estava muito bagunçada. Ela, inclusive, ateou fogo nos objetos da criança e nos documentos. Segundo ela, porque já tinha matado.
Em alguns momentos, não fala coisa com coisa”, contou o delegado. A mulher passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Goiás no mesmo dia.
O bebê foi encaminhado ao Conselho Tutelar de Santa Helena de Goiás, que o colocou em um abrigo porque nenhum parente apareceu para pegá-lo.
Pelo menos até hoje, nenhum advogado estava constituído na defesa da suspeita.
Ela deverá responder por homicídio duplamente qualificado.
Um exame toxicológico e outro psicológico ainda serão emitidos à Polícia Civil para apontar se a suspeita sofre algum transtorno mental ou se estava sob efeito de drogas no momento do crime. ”
Não dá para detectar ainda se ela tem um perfil de transtorno mental ou se estava sob efeito de drogas. Pelas feições, está com características de uso de drogas, mas é cedo para afirmar isso. O fato é que é fria, não poupou detalhes e não tem arrependimento”, disse Danillo Proto.
Reincidência Não é a primeira vez que a suspeita se envolve na morte de um filho. Em 2018, segundo a Polícia Civil, ela dormiu em cima um recém-nascido, causando a morte do mesmo. Na ocasião, a perícia não apontou intenção da mãe, e o caso foi arquivado. “Puxamos os antecedentes criminais dela, mas, na época, não foi detectada a culpa dela”, afirma o delegado.
FONTE : Abinoan Santiago / Colaboração para o UOL, em Ponta Grossa