Como o mês da conscientização sobre as hepatites virais, julho se tornou um período de extrema importância no combate dessas doenças.
Criada através da Lei 13.802/2019, a campanha “Julho Amarelo” é responsável por incentivar uma série de ações de prevenção e controle a todas as formas dessa infecção e atrair atenção para o tema, principalmente na área da saúde pública.
Por ser uma infecção silenciosa, a maior dificuldade no enfrentamento dos casos de Hepatite estão, justamente, na identificação da doença. E por isso é tão urgente a necessidade de campanhas de incentivo às testagens – que são feitas a partir de testes rápidos nas unidades básicas de saúde, e ao conhecimento sobre as causas, prevenção, sintomas e tratamento.
Em 2010, a partir de propostas brasileiras, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, tornando ainda mais relevantes as medidas de combate à doença em todo o mundo.
Essa data é também o dia do aniversário do cientista e microbiologista americano Baruch Blumberge e foi escolhida justamente em homenagem a sua grande contribuição à medicina: a identificação do vírus da Hepatite B, que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina, em 1976.
Segundo dados da OMS, as hepatites virais e suas complicações aos organismos podem provocar cerca de 1,4 milhão de mortes no mundo por ano e quanto mais demorado é o diagnóstico, maiores são as dificuldades do tratamento.
Em 2018, o Brasil se comprometeu com a meta da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) de eliminar as hepatites virais até 2030.
Esse ano, a maior preocupação para os brasileiros vem de um alerta feito pelo Instituto Brasileiro de Estudos do Fígado (Ibrafig) que expõe que o número de testes e tratamentos realizados contra a hepatite C caiu em torno de 40 a 50% durante a pandemia de coronavírus – o que torna a aderência às campanhas do Julho Amarelo ainda mais importante.
Texto originalmente publicado em Soul Medicina