Pesquisas revelam possível relação entre o coronavírus e mudanças no fluxo da menstruação
A contaminação pelo coronavírus pode causar uma série de sequelas, sejam elas permanentes ou não. Estas alterações no organismo seguem sendo um dos principais objetos de estudo entre pesquisadores de todo o mundo, que ainda tentam entender as proporções do patogênico e seu impacto na saúde.
Apesar de mudanças no olfato e paladar serem as complicações mais relatadas por pessoas que tiveram a doença, já há relatos que a COVID-19 também pode impactar o ciclo menstrual. Um estudo realizado na China com 117 participantes que se identificaram como mulheres revelou que 25% delas sofreram alterações na menstruação após a infecção pelo vírus, como a diminuição ou aumento no fluxo.
Já uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, observou que, mesmo sem nunca ter tido o diagnóstico positivo de coronavírus, é possível que uma pessoa sofra mudanças na menstruação por causa da pandemia. Segundo os pesquisadores, o efeito da quarentena na saúde mental é o maior responsável por essa alteração.
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Segundo Fábio Broner, médico ginecologista do Hospital Albert Sabin, as medicações tomadas para o tratamento da COVID-19 e as alterações hormonais, que podem ocorrer por um padrão de sono desregulado ou altos picos de estresse, são algumas das possibilidades para essas mudanças.
“Sabemos que o corpo sofreu com a COVID, de acordo com cada sintoma. Ainda foi associado o uso de medicações, tais como antibióticos, corticoides, e nos casos mais graves, com medicações conhecidas como ‘kit intubação’. Estes fatores podem estar associados com a possibilidade da alteração no ciclo menstrual”, afirma.
Ainda de acordo com o especialista, relatos de modificações na menstruação em quem nunca se infectou com o vírus também é uma realidade nos consultórios ginecológicos – e a saúde mental é, mais uma vez, considerada a principal explicação para essas mudanças.
“Um estudo de coorte (estudo observacional feito com um grande número de pessoas), entre 1994 e 2014, multicêntrico, mostrou respostas psicólogas negativas (estresse, ansiedade, depressão) prevalente em mulheres. Isto é, no cenário da pandemia, esses efeitos aumentaram. E podemos observar uma alteração no estilo de vida, com piora na alimentação, estresse, sedentarismo, sono inadequado, entre outros fatores que podem ter contribuído para alteração do ciclo menstrual”, explica.
Entretanto, o ginecologista reforça que o efeito da pandemia e da COVID-19 no ciclo menstrual ainda não está claro. É preciso que mais estudos científicos sejam realizados, para que se possa avaliar os efeitos do coronavírus na menstruação de forma mais precisa.
Ainda não há nenhum estudo que tenha analisado uma possível relação entre os imunizantes disponíveis contra o coronavírus e o ciclo menstrual. Porém, alguns grupos compostos por pessoas que menstruam já publicaram relatos nas redes sociais sobre terem presenciado alterações no fluxo após a vacinação.
Considerando que diferentes fatores podem influenciar na menstruação, como, por exemplo, o emocional e a alimentação, não é possível apontar exatamente o que pode ter provocado tais mudanças. Logo, é necessário que novas pesquisas sejam feitas sobre esse tema.
Fonte: Minha Saúde