O ministro da Economia Paulo Guedes confirmou que a mixaria enviada a uma pequena parcela da população nada mais era que uma tentativa de conter uma explosão social
Como há muito tempo já denunciaram os dirigentes do Partido da Causa Operária, o chamado auxílio emergencial de R$ 600,00 era uma verdadeira esmola e um engodo para a classe trabalhadora, que merece muito mais do que isso. Apesar de vital um auxílio para população, tal migalha além de passar longe de atender às reais condições para que a população pudesse suportar a pandemia, o valor empregado por Bolsonaro para tal esmola era milhares de vezes inferior ao R$ 1,2 trilhão destinado aos bancos no mesmo período.
Não enxergando essa realidade dois meses atrás, a esquerda estão “soltou fogos” e disputou com a direita e com Bolsonaro a paternidade do projeto. O presidente da CUT, por exemplo, Sérgio Nobre, declarou em nota que “Foi uma importante vitória da CUT e do fórum das centrais sindicais” e ainda “…no dia 17 de março, entregamos o documento com a nossa proposta nas mãos do deputado federal Rodrigo Maia, presidente da Câmara, que garantiu seu apoio. Fizemos um trabalho importante de conversar com parlamentares de todas as bancadas. Fomos ouvidos”.
Outros deputados da esquerda que também brigavam pela paternidade eram da bancada do PCdoB. A deputada federal Marcivânia Flexa afirmou que “a aprovação representa derrota do governo Bolsonaro que queria uma renda mínima de apenas R$200”. O deputado Enio Verri afirmou que o projeto foi uma iniciativa conjunta do PT, PCdoB, PSOL, PDT, PSB e Rede.
Agora dois meses e meio depois o ministro da Economia, o fascista Paulo Guedes, confirmou que a concessão do benefício foi para que não houvesse “quebra-quebra” nas ruas do Brasil.
Na avaliação do ministro lambe botas do imperialismo, a execução demorada de programa assistencial pelo seu chefe Trump nos Estados Unidos criou ambiente para uma “comoção social”, deflagrada após “pretexto, fagulha” do assassinato de George Floyd por um policial.
Como comprovado pelo próprio fascista, o auxílio foi feito somente para conter a explosão social, essa foi a única finalidade dele.
No entanto, nestes 3 meses a fome se ampliou no País, ao mesmo tempo em que muita fraude no pagamento do auxílio ocorreu por parte de milhares de pessoas das classes A e B que pediram esse auxílio e desses 69% conseguiram. Até mesmo os militares conseguiram o auxilio de maneira fraudulenta. E agora o governo quer acabar com o auxílio.
É necessário a saída das férias dos sindicalistas do País para garantir a luta dos trabalhadores contra o arrocho e fome impostos pelo governo do fascista Bolsonaro e por sua derrubada nas ruas.
FONTE: DCO
