Em comunicado, a embaixada afirma que a CFO não violou nenhuma lei canadense ou norte-americana
A embaixada da China no Canadá condenou a prisão da diretora financeira da Huawei — multinacional chinesa de tecnologia —, Meng Wanzhou. A prisão foi feita a pedido dos Estados Unidos ao Canadá, e prevê também a extradição da executiva para o país.
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O comunicado publicado na página do órgão consular afirma que “uma cidadã chinesa que não violava nenhuma lei do Canadá ou dos EUA foi presa”.
Para a embaixada, a prisão de Meng Wanzhou violou os direitos da diretora. “O lado chinês se opõe firmemente e protesta fortemente contra esse tipo de ação que prejudicou seriamente os direitos humanos da vítima”.
Ainda no mesmo comunicado, a China afirma que irá protestar contra a ação. “O lado chinês apresentou representações severas com os EUA e o Canadá, e instou-os a corrigir imediatamente as irregularidades e restaurar a liberdade pessoal da Sra. Meng Wanzhou”.
Meng é uma dos vice-presidentes da diretoria da Huawei e filha do fundador, Ren Zhengfei. A Huawei é uma empresa estrategica e importante para as ambições da China no que se refere a tecnologia de redes 5G para chips.
Uma audiência judicial foi marcada para sexta-feira (07), disse um porta-voz do Departamento de Justiça do Canadá.
“Vamos acompanhar de perto o desenvolvimento da questão e tomar todas as medidas para proteger resolutamente os direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses”, finaliza o comunicado.
De acordo com a BBC e a CNN, documentos secretos afirmam que a multinacional chinesa teria realizado negócio com o Irã, já sancionado pelo governo norte-americano, o que implicaria em sanções aos dois países.
Relações afetadas
Para o canal CNBC, a prisão da diretora, supostamente relacionada à violação das sanções dos EUA, afetará as negociações comerciais entre Washington e Pequim, segundo a consultoria de risco Eurasia Group. Nesta quinta-feira, as ações já registraram queda devido às trubulências nas relações entre os dois países.
R7