“Pistolas e revólveres vêm do Paraguai, enquanto rifles e fuzis têm origem nos Estados Unidos”, diz o relatório.
Levantamento da PF (Polícia Federal) mostra que fica em Mato Grosso do Sul duas das oito principais rotas para ingresso de armas no Brasil. O destino é abastecer facções criminosas.
De acordo com o jornal o Estado de São Paulo, a cidade de Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero (Paraguai), é a quarta colocada no ranking das principais via terrestres usada pelos criminosos. Já a fronteira entre Corumbá e Puerto Suarez (Bolívia) ocupa a quinta colocação.
O ranking é liderado pela fronteira de Santana do Livramento (Rio Grande do Sul) e Rivera (Uruguai), seguido pela Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
Esquema
Pistolas e revólveres vêm do Paraguai, enquanto rifles e fuzis têm origem nos Estados Unidos. O levantamento foi realizado a partir do rastreamento de 9.879 armas aprendidas pela PF.
As principais rotas terrestres começam em lojas nas cidades fronteiriças do Paraguai, passando pelo Paraná ou por Mato Grosso do Sul e depois são distribuídas em São Paulo e Rio de Janeiro.
Beneficiados
Em maio de 2017, um arsenal passou por Mato Grosso do Sul e foi apreendido em São Paulo. O carregamento foi enviado pelo narcotraficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, um dos principais chefes do Comando Vermelho, preso em 13 de dezembro no Paraguai.
Segundo o próprio traficante, a carga era enviada em fundos falsos de caminhões que passavam por Mato Grosso do Sul e São Paulo. Quando o carregamento chegava ao destino, Piloto chegava a lucrar R$ 500 mil com cada carga.
MS em Foco