Cerca de 21 mil pessoas estão registradas para comprar maconha legal nas farmácias do Uruguai, cultivada sob controle do Estado, de acordo com dados oficiais, um número que quadruplicou em seis meses. Ao todo, 21.076 pessoas estão registradas para comprar a droga em farmácias, de acordo com o Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (Ircca). São quatro vezes mais que o número de registrados antes do início da venda, em 19 de julho, que puderam começar a comprar em farmácias nesta data.
Os consumidores dispõem de quatro variedades do produto, que é cultivado por duas empresas privadas controladas pelo Estado e vendido em farmácias em pacotes de 5 gramas, por aproximadamente 1,40 dólar o grama. Atualmente, 12 farmácias oferecem maconha, cinco delas em Montevidéu.
Desde o início das vendas, o projeto enfrentou diversos problemas. O maior deles foi a negativa dos bancos que operam no país de ter contas de empresas que comercializem maconha, apesar de a droga ser produzida sob controle oficial.
Os bancos enfrentam dificuldades com seus parceiros intermediários no âmbito das regulações existentes nos Estados Unidos, que os expõem a empecilhos se eles operarem com quem comercializa cannabis, argumentaram. O governo está procurando uma alternativa adicional à venda em farmácias para aumentar os pontos de saída.
Popularmente conhecida como “lei da maconha”, a legislação cria três formas de ter acesso à droga para uso recreativo: cultivo doméstico ou auto-cultivo, cultivo cooperativo em clubes e compra em farmácias.
Além dos consumidores registrados para comprar nas farmácias, cerca de 8.100 cultivadores e 78 clubes que produzem para consumo próprio estão autorizados a produzir no país, de acordo com dados oficiais, que mostram um aumento em todos os setores.
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