O infectologista Kleber Luz afirmou que o aumento de casos das doenças no Brasil traz perspectiva ruim para a saúde pública
O Brasil enfrenta uma tendência de alta de casos de dengue e chikungunya, segundo alertou o Ministério da Saúde.
Somente nos primeiros três meses deste ano, os diagnósticos de dengue subiram 53% em comparação com o mesmo período de 2022 – no caso da chikungunya, a escalada foi de quase 100%.
Em entrevista à CNN, o infectologista Kleber Luz afirmou que a variação ao longo dos anos é normal, mas que traz uma perspectiva ruim, já que as doenças causam mortes.
“É necessária uma ação educativa frente à população, para que impeça o surgimento dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, em qualquer local que acumule água, como pneus, jarros e recipientes de flor, por exemplo.”
O infectologista ainda destacou as diferenças de sintomas entre as infecções causadas pelo mosquito.
“Chikungunya traz febre e comprometimento das juntas, que ficam inchadas e com dor intensa, incapacitante”, disse.
A dengue também traz febre, mas “a dor é no músculo, sem inchaço, e com a chamada febre ‘quebra-ossos.”
“Casos graves de dengue podem causar queda da pressão arterial, que evoluem para a morte”, completou.
Kleber Luz também lembrou que o zika vírus, também transmitido pelo Aedes, está “adormecido” no momento, mas que, como sintomas, traz pouca febre, mas muitas manchas no corpo acompanhadas de coceira.
*Com produção de Isabel Campos
- Este texto foi publicado originalmente no site CNN Brasil