Oendocrinologista Daniel Lerario orientou como evitar e tratar a doença
Sobrepeso, má alimentação, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar são fatores que contribuem para o caso de hipertensão, doença crônica que atinge um a cada três brasileiros com mais de 30 anos.
No entanto, o mestre e doutor pela Escola Paulista de Medicina Daniel Lerario lembra que só o fator genético está fora do controle dos pacientes.
A orientação, antes de mais nada, é medir a pressão pelo menos uma vez por ano para ajudar a diagnosticar uma possível alteração.
Mas manter hábitos saudáveis contribui muito para evitar a doença, mesmo para quem tem casos na família.
“Costumamos dizer que as doenças crônicas, como hipertensão, têm a genética como fator que carrega a arma, mas o que aperta o gatilho é o fator comportamental”, explicou Daniel Lerario.
A orientação inicial para os pacientes é a regulação de dieta com menos sal e alimentos ultraprocessados, alinhada com atividade física.
Cuidados
A hipertensão raramente provoca sintomas. Como consequência, metade dos brasileiros que mede uma pressão alterada não sabia que tinha a doença. E, desses, 80% não controlam o problema de maneira adequada.
Além dos hábitos alimentares e atividade física, o acompanhamento médico para quem é hipertenso é fundamental para evitar a progressão do quadro.
Esse tipo de cuidado ajudaria facilmente a reverter as estatísticas no Brasil, que tem justamente as doenças cardiovasculares como principal causa de morte.
“Se a pessoa não tiver controle adequado da pressão com medidas comportamentais, há uma lista enorme de medicamentos seguros que podem ser usados a longo prazo”, afirma Daniel Lerario.
O endocrinologista ainda informou que uma pressão de 13 por 8 já acende um alerta e recomenda a consulta com um médico para interpretar se a elevação foi pontual ou representa um diagnóstico de hipertensão.
– Texto publicado originalmente no site CNN Brasil