Estatísticas apontam que o primeiro contato dos meninos com a pornografia acontece por volta dos 10 anos de idade. Nessa faixa etária, boa parte deles não teve nenhuma orientação sobre educação sexual. A pornografia, então, acaba sendo uma espécie de escola, que sugere aos meninos noções de machismo e estereótipos sobre o que esperar e fazer ou não no sexo.
A consequência é que esses garotos acabam se tornando homens que acreditam que é possível levar aquelas práticas dos filmes e vídeos para a realidade, e essa dinâmica resulta em homens com dificuldade de criar conexões e relações afetivas com suas parceiras ou parceiros.
Outro problema é que parte deles também acaba desenvolvendo uma compulsão por pornografia, com impactos na saúde física e emocional deles mesmos e das pessoas com quem eles se relacionam.
Neste episódio do Entre Vozes, Luciana Barreto conversa com Gregory Azevedo, que descreve o impacto de filmes e vídeos adultos em seus relacionamentos e como conseguiu repensar o papel da pornografia em sua vida.
Quem também participa do episódio é Claudio Serva, fundador de uma iniciativa chamada Prazerele. Segundo ele, o projeto tem “uma missão muito bem definida”: criar espaços de conversa e acolhimento para a desconstrução do machismo.
Fonte: CNN Brasil