Fotos de bebês recém-nascidos já costumam ser poderosas suficientes, mas algumas imagens de bebês logo após o parto vaginal são ainda mais impressionantes por conta da deformação temporária da cabeça.
Isso demonstra como o parto é um momento único e que envolve muita força e adaptação tanto para a mãe quanto para o filho. Um bebê em particular chamado Graham, nascido nos Estados Unidos, chamou atenção na internet recentemente.
A fotógrafa Kayla Reeder captou o momento no dia 14 de fevereiro de 2017, o Dia de São Valentim, também conhecido como Dia dos Namorados em vários países. Naquele dia, ela recebeu uma ligação informando que sua cliente, Nikki, estava em trabalho de parto.
O bebê estava posicionado de forma ligeiramente torta, e Nikki o empurrou por uma hora e meia. Tirando esta dificuldade, o parto correu normalmente. “O formato da cabeça de Graham foi muito dramático por conta dessa posição”, explica a fotografa.
“A cabeça dele estava um pouco virada para o lado, então ela não estava centralizada e isso fez com que a mamãe dele tivesse que empurrar por mais tempo do que se ele estivesse em uma posição melhor. Logo depois do parto a deformidade passou e em poucos dias ele tinha uma cabeça com formato perfeito”, relata a fotógrafa.
Por que isso acontece?
Recém-nascidos não têm o crânio completamente formado no nascimento. Eles têm as placas ósseas unidas por um material fibroso chamado sutura. Essas suturas permitem que os ossos se movimentem durante o parto para ajudar o bebê a passar pelo estreito canal vaginal.
Além disso, os bebês têm alguns pontos moles no topo da cabeça, onde os ossos ainda não se uniram. Isso é popularmente conhecido como moleira, mas seu nome médico é fontanela. O cérebro do recém-nascido possui quatro fontanelas. Até o segundo ano de vida da criança essas fontanelas “se fecham”, quando o espaço entre as placas se ossidifica.
Já que a cabeça do bebê é incrivelmente maleável, deixá-lo sempre na mesma posição pode resultar em uma cabeça assimétrica, o que é chamado de Plagiocefalia Posicional.
Ter uma cabeça discretamente achatada perto da nuca, por exemplo, não traz nenhum problema para a criança, mas caso essa deformidade seja mais importante, ela pode causar problemas com o fechamento da mandíbula e desalinhamento dos olhos e orelhas. Neste caso, é possível corrigir a Plagiofalia Posicional nos primeiros meses de vida, antes da ossificação das fontanelas.