Também conhecida como inseminação intrauterina, a inseminação artificial é uma técnica de Reprodução Humana Assistida em que o sêmen centrifugado é depositado diretamente no interior da cavidade uterina da mulher durante o período ovulatório.
Trata-se de um método capaz de aumentar consideravelmente as chances de uma gravidez, especialmente em casos de infertilidade de origem ovulatória ou infertilidade sem causa aparente (ISCA).
Uma vez que a técnica de inseminação artificial deposita o sêmen diretamente na cavidade uterina durante o período fértil, os espermatozoides atingem com maior facilidade os óvulos na porção ampular da tuba uterina. Dessa forma, há maior probabilidade de fertilização e formação do embrião.
Para o melhor entendimento da técnica, os especialistas em reprodução assistida responderam algumas dúvidas acerca da temática. Confira!
Como funciona a Inseminação Intrauterina?
A inseminação é um método de baixa complexidade, que necessita de menos recursos quando comparado a outros métodos de Reprodução Assistida, tais como a fertilização in vitro ou a ICSI. Além disso, a técnica oferece pouco ou nenhum desconforto para a paciente.
O procedimento é realizado no início do ciclo menstrual: entre o segundo e o terceiro dia do ciclo são aplicados hormônios que possibilitam o crescimento dos folículos ovarianos. A aplicação destes hormônios deve ser feita diariamente, juntamente com a realização de exames de ultrassom, para que seja possível observar o crescimento dos folículos.
Quando os folículos atingem algo em torno de 18 mm, inicia-se a aplicação de um segundo hormônio, responsável por promover o amadurecimento do óvulo e a ovulação em até 36 horas.
Nas duas horas que antecedem o início da ovulação, são realizados dois procedimentos para que seja possível a introdução do sêmen na cavidade uterina. São eles:
- Coleta do sêmen: o sêmen é coletado do parceiro, seja por meio de masturbação em ambiente laboratorial ou então durante relação sexual, utilizando um preservativo especial;
- Processamento seminal: o sêmen coletado é encaminhado para análise (avaliação da concentração e da motilidade dos espermatozoides), sendo realizada a centrifugação e capacitação dele.
Após a realização da coleta e do processamento seminal, é feita a inseminação intrauterina. Com a paciente deitada em uma maca ginecológica, o médico então realiza um exame ginecológico para avaliar o colo uterino. Em seguida, é inserido um cateter flexível macio através do colo uterino até a cavidade uterina – evitando o contato com o fundo do útero – para que o sêmen processado seja injetado.
A inseminação costuma ser rápida e se trata de um procedimento praticamente indolor, podendo ocasionar leves cólicas em algumas pacientes.
Quando é indicada a Inseminação Artificial?
A inseminação artificial é indicada para casos específicos. Ainda que possa ser um método de baixa complexidade, é importante que a paciente, junto de seu companheiro, realize um acompanhamento médico para compreender se este ou outro método de Reprodução Assistida é o mais indicado.
De maneira geral, a inseminação artificial é indicada para casos de infertilidade masculina e/ou feminina. O método também é eficaz em casos de infertilidade sem causa aparente (ISCA) ou quando a paciente deseja utilizar espermatozoides provenientes de um banco de doador.
Em casos de infertilidade feminina, a paciente que não ovula regularmente pode se beneficiar do uso de medicamentos indutores da ovulação para regularizar e estimular o ciclo ovulatório. Casos de endometriose mínima ou leve também podem ser tratados por meio da Inseminação Intrauterina.
Pacientes que apresentam outras condições também podem ser beneficiadas por este método, uma vez que este tratamento de Reprodução Assistida pode aumentar as chances de gravidez em casos de:
- Alterações no colo uterino, como cicatrizes ou estenoses (estreitamentos);
- Muco cervical hostil;
- Infecções.
Nos casos de infertilidade masculina, as chances de constituir uma família a partir da inseminação artificial também aumentam, especialmente em casos em que o parceiro possui:
- Concentração de espermatozoides reduzida (entre 5 a 15 milhões de espermatozoides móveis progressivos na análise processada);
- Dificuldades com ereção ou ejaculação durante o ato sexual (por exemplo: hipospádia);
- Ejaculação retrógrada: situação em que os espermatozoides são direcionados para a bexiga.
Para homens que desejam preservar a fertilidade, seja por motivos de vasectomia, cirurgia testicular, quimioterapia e/ou radioterapia para tratamento oncológico, os espermatozoides podem ser congelados e usados posteriormente em uma Inseminação Intrauterina.
Qual é a taxa de sucesso da Inseminação Artificial?
Os métodos de Reprodução Assistida já resultaram no nascimento de mais de 86 mil bebês apenas no Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA). Os profissionais da clínica BedMed estimam que a inseminação tenha uma taxa de sucesso de 10 a 20% na maioria dos casos, mas é sempre necessário levar em consideração a idade da paciente e as particularidades apresentadas por ela.
A idade da paciente é um dos fatores que influenciam diretamente na taxa de sucesso já que, naturalmente, com o passar dos anos, ocorre uma diminuição na quantidade e na qualidade dos óvulos.
Comumente são realizados três procedimentos de inseminação intrauterina, em que são acompanhados os resultados, tanto negativos quanto positivos, da gravidez. Caso não haja sucesso com este método, podem ser estudadas outras técnicas de Reprodução Humana.
Por isso, se faz tão importante ter o acompanhamento de profissionais especializados, que respeitam as individualidades da paciente e oferecem tratamentos capazes de fazer com que elas iniciem uma família de forma segura e tranquila.
Uma relação de confiança entre você, seu parceiro e o médico especialista em Reprodução Humana é essencial para que o procedimento tenha um desfecho favorável. Para encontrar a melhor solução de acordo com o seu caso e solucionar quaisquer dúvidas a respeito da inseminação artificial, entre em contato com a equipe da clínica BedMed e marque uma consulta!
Fontes:
Clínica de Reprodução Humana BedMed;
Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).