A tecnologia aliada à dermatologia permite que os médicos utilizem inovações como Telemedicina, prontuário eletrônico e robótica para fidelizarem seus pacientes.
Segundo o livro The Guide to the Future of Medicine, logo a inteligência artificial conseguirá gerenciar todo o sistema de saúde. Saberá dizer onde as pessoas devem ir e orientar profissionais de saúde.
Listas de esperas serão extintas, os pacientes poderão baixar suas informações em dispositivos móveis a qualquer momento e usar impressoras 3D para imprimir remédios ou próteses.
“Hospitais tradicionais, segundo 57% das pessoas, serão obsoletos no futuro. 84% das pessoas estariam dispostas a compartilhar seus dados de saúde para que a Medicina avance e alcance custos mais baixos. 72% das pessoas gostariam de consultar via Teleconsulta. 66% das pessoas preferem um tratamento personalizado baseado em seu perfil genético.”
As expectativas para o futuro da Medicina são altas, e a dermatologia é uma das áreas com mais avanços tecnológicos.
O dermatologista tem a chance de utilizar a tecnologia ao seu favor para atender às expectativas dos pacientes e fidelizá-los ao proporcionarem uma experiência incrível na consulta.
Qual a importância de ter a tecnologia aliada à dermatologia?
A dermatologia é responsável por cuidar do maior órgão do corpo humano: a pele.
Além de nos proteger contra bactérias, vírus, substâncias químicas, clima, entre outros, a pele também conta nossa história em cada pinta e ruga de expressão.
Ela permite que tenhamos sensações como o toque, a dor e o arrepio.
Como a nossa pele cuida tão bem do nosso corpo, nada mais justo que investir no cuidado desse órgão tão importante, seja no uso diário de protetor solar ou na ida recorrente ao dermatologista.
De acordo com a WHO, Organização Mundial da Saúde, entre 2 e 3 milhões de cânceres de pele não-melanoma e 132.000 cânceres de pele melanoma são diagnosticados mundialmente todo ano.
Mais de 8 bilhões são gastos no tratamento do câncer anualmente, e esse custo só aumentaria se não fosse pelos avanços da tecnologia e a dedicação dos profissionais de saúde.
Com as tecnologias digitais voltadas para a dermatologia, o diagnóstico se tornou mais precoce e o tratamento mais efetivo. As cirurgias também ficaram menos invasivas e mais ágeis.
Se os dermatologistas investirem em atualização profissional e no melhor da tecnologia, é possível utilizar os avanços para melhorar o atendimento ao paciente. Veja alguns exemplos!
5 exemplos da tecnologia aliada à dermatologia
1. Robôs dermatológicos
Os robôs estão revolucionando cada vez mais a Medicina, entre eles, podemos citar o Vectra WB360, que faz um mapeamento completo da pele do paciente.
Ele consegue escanear o corpo humano com uma visão 360º e identificar qualquer tipo de mancha ou lesão.
Os robôs mostram um grande potencial dentro da dermatologia, ajudando não apenas no mapeamento, mas no tratamento com terapias a laser.
Isso é possível porque os braços robóticos conseguem trazer mais precisão e eficiência para o uso dos lasers, sendo mais assertivo do que um tratamento manual comum.
O dermatologista pode controlar os braços robóticos em uma posição ergonomicamente confortável e proporcionar uma experiência melhor para o paciente, ao mesmo tempo com mais qualidade no trabalho.
2. Telemedicina
O avanço da tecnologia permite que os pacientes façam um mapeamento da pele com os smartphones. Ao invés de precisarem ir até a clínica, eles podem fazer o exame em casa e enviar os resultados.
Dessa forma, eles vão até o dermatologista apenas nos casos realmente necessários, e o profissional de saúde consegue focar seu tempo em quem realmente precisa de ajuda.
Os dermatologistas também podem optar pela Teleconsulta, também conhecida como consulta a distância.
“Acredito que a Telemedicina seja válida, mesmo para a dermatologia. Às vezes o paciente que vai na consulta presencial está tão ansioso ou se sente tão intimidado, que termina não abordando muitas coisas.”
A médica ainda reforça que os benefícios do atendimento a distância se estendem mesmo em períodos sem pandemia.
“De todas as Teleconsultas que eu fiz, apenas um paciente com um sintoma oncológico precisou de consulta presencial. A Teleconsulta vale super a pena, então pretendo continuar mesmo após a pandemia, porque você pode ajudar pacientes que estão longe do seu consultório, ou pacientes pós-cirúrgicos que não podem se locomover.”
3. Regeneração
Alguns danos demoram muito tempo para serem curados na pele, até mesmo para formarem cicatrizes. Até o avanço da tecnologia, acelerar o processo de cura era impossível.
Porém, atualmente é possível utilizar spray de células da pele para otimizar o tratamento de úlceras na perna. Com o auxílio das bandagens de compressão, o tempo de cura diminui drasticamente.
Também há a ACell’s MatriStem, uma matriz extracelular que ajuda na construção de tecidos e já reconstruiu um dedo amputado em 2010.
4. Prontuário eletrônico
Seja um dermatologista que atua em clínica, consultório, hospital ou ambulatório, o prontuário eletrônico é uma tecnologia que consegue ajudar em qualquer momento, de qualquer lugar.
Diferente do prontuário de papel, que é facilmente perdido, rasurado e acessado por pessoas não autorizadas, o prontuário eletrônico tem uma excelente segurança de dados e centraliza as informações.
Ou seja, além de ser mais prático e fácil de usar, também facilita o atendimento, bem como diagnóstico, já que todo o histórico do paciente fica disponível em um único local.
Ele também pode ser compartilhado entre profissionais de saúde de diferentes instituições de saúde, o que evita a repetição das mesmas perguntas que o paciente pode se cansar de responder.
O ideal é que os dermatologistas tenham um prontuário com comparação de imagens, assinatura digital, prescrição eletrônica e integração com Teleconsulta, de preferência em um software médico.
Uma ótima dica é perguntar aos seus colegas de especialidade qual é o sistema para dermatologia que eles usam, analisar suas opções e escolher o que mais atende suas necessidades.
5. Impressoras 3D
Quando um paciente precisa de um transplante de órgão, depende de um doador e usualmente precisa esperar um longo tempo na fila de espera por transplante.
Com a popularização das impressoras 3D, esse problema pode ficar para trás.
A BioDan Group já apresentou um protótipo de impressora 3D que consegue criar uma pele humana completamente funcional, e várias pesquisas de criação de órgãos artificiais estão em andamento.
A tecnologia é a resposta para diversos problemas do sistema de saúde. Cabe aos médicos, como os dermatologistas, atualizarem seus conhecimentos e saber como utilizá-la da melhor forma.
Fonte: Portal PEBMED